Brasil, 13 de maio de 2025
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Jubileu das Igrejas Orientais acontece na Basílica de Santa Maria Maior

A liturgia copta, marcada por reflexão e esperança, une comunidades na busca por justiça e paz.

No último dia 12 de maio, a Capela Paulina da Basílica de Santa Maria Maior acolheu a celebração da Divina Liturgia copta, presidida pelo patriarca Ibrahim I. Sedrak, na presença do cardeal Claudio Gugerotti. Este evento faz parte do Jubileu das Igrejas Orientais, que se encerrará com uma audiência com o Papa Leão XIV. O cardeal Gugerotti destacou a importância da qualidade da fé dos fiéis, afirmando que “Deus não olha para os números, mas para a qualidade”. Seus comentários enfatizaram a necessidade de construir sociedades mais justas e sustentáveis.

Um momento de reflexão e união

A celebração também reverberou a rica história da Igreja Copta, que se remonta ao cristianismo no Egito. O termo “copta” refere-se aos cristãos egípcios que persistiram com sua fé mesmo após a conquista árabe. O cardeal, durante sua homilia, homenageou os mártires dessa tradição, ressaltando o impacto de sua coragem e resiliência ao longo dos séculos. “Vocês são especialistas em mártires”, afirmou Gugerotti, reforçando a importância de reconhecer a luta e os sacrifícios enfrentados pelos coptas ao longo da história.

Sabedoria e resistência

O cardeal expressou sua gratidão à Igreja Copta, elogiando sua sobrevivência mesmo em tempos de crises profundas. “A sabedoria que vem do sangue do martírio é um legado inestimável”, observou, referindo-se ao papel dos mártires na preservação da fé. Ele encorajou os coptas a continuarem mantendo uma experiência espiritual única dentro da Igreja Católica, enfatizando que “Deus conta a qualidade da presença” e não apenas o número de fiéis.

Reconhecimento e esperança

Outra mensagem forte durante a celebração foi a lembrança do Papa Francisco, que tinha uma conexão especial com a Igreja Copta. O patriarca Sedrak referiu-se ao falecido papa como um “pastor de sabedoria”, reconhecendo seu papel em acolher e curar os corações feridos na Igreja. O novo Papa, Leão XIV, também recebeu orações, buscando a orientação do Espírito Santo em sua nova missão.

Um chamado para a paz e a justiça

O patriarca Sedrak, falando sobre os desafios enfrentados atualmente, chamou a atenção para a necessidade de uma “esperança autêntica”. Ele enfatizou que o mundo enfrenta crise de valores, onde o medo e o isolamento são comuns. “Deus trabalha mesmo em meio ao sofrimento e aos desafios”, afirmou, encorajando os presentes a não cederem à injustiça, mas a buscarem a construção de sociedades mais justas e sustentáveis.

Preparando-se para os 1700 anos do Concílio de Nicéia

Concluindo a celebração, Sedrak fez referência ao quase 1700º aniversário do Concílio de Nicéia, um evento fundamental para a Igreja, lembrando a importância da unidade e da coragem na fé. “Devemos permanecer firmes na nossa fé com coragem e sabedoria”, disse ele, convocando todos para serem testemunhas de Cristo em um mundo que ainda enfrenta grandes desafios.

O Jubileu das Igrejas Orientais, simbolizando a resiliência e a esperança das comunidades coptas, destaca não apenas a importância da memória dos mártires, mas também o compromisso contínuo de construir um futuro mais harmonioso e justo para todos. A celebração, que transpôs a barreira das tradições em busca de um objetivo comunal, evidencia a relevância do diálogo inter-religioso e a importância da paz global em tempos de tensão.

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