Brasil, 14 de maio de 2025
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Ex-candidato a vice-prefeito de Niterói é considerado foragido por roubo

Alexandre Ceotto, ex-político, é alvo de operação policial após planejamento de furto em apart-hotel usando máscara realista.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro está em busca de Alexandre Ceotto, um ex-candidato a vice-prefeito de Niterói, acusado de ser o mentor de um audacioso furto em um apart-hotel na cidade. Com um mandado de prisão expedido na manhã desta terça-feira (13), o empresário se tornou considerado foragido após não ser encontrado até o início da noite. A situação se agrava, pois Ceotto já tinha registrado outras investigações relacionadas a seu comportamento recente.

Planejamento do crime

As investigações revelam que o furto, ocorrido no dia 7 de fevereiro, foi meticulosamente planejado. Um comparsa de Ceotto, identificado como Luís Maurício Martins Galda, utilizou uma máscara realista de silicone para disfarçar sua identidade durante o crime. Galda, um advogado criminalista, foi filmado nas câmeras de segurança do apart-hotel enquanto se passava por funcionário do local, utilizando um terno e permitindo o acesso a áreas restritas.

Para a polícia, a colaboração entre os dois envolvidos foi evidente; a planta do imóvel e a rotina do proprietário haviam sido repassadas por Ceotto a Galda, o que facilitou a execução do crime. Aproximadamente oito relógios, avaliados em R$ 80 mil, foram subtraídos durante a ação, que durou cerca de 18 minutos e foi realizada com uma abordagem agressiva, onde a porta do apartamento foi arrombada.

Motivações por trás da ação

A prisão de Ceotto foi solicitada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro após ele tentar intimidar a vítima, visitando o local onde a mesma trabalhava. As imagens de segurança do apart-hotel foram fundamentais, pois mostraram não apenas a ação de Galda, mas também indícios do planejamento por parte de Ceotto, o que levou à sua classificação como um potencial risco à vítima caso permanecesse em liberdade.

A vida política de Alexandre Ceotto

Com uma trajetória política controversa, Alexandre Ceotto serviu em diversas posições de destaque. Ele foi subsecretário de Relacionamento Institucional no governo de Wilson Witzel de janeiro a julho de 2019 e também trabalhou como assessor parlamentar do deputado Rodrigo Amorim de setembro de 2021 até janeiro de 2022. Em sua última atuação, ocupou o cargo de Diretor de Desenvolvimento Metropolitano Integrado no Instituto Rio Metrópole (IRM) até novembro de 2023.

Ceotto tentou a candidatura a vice-prefeito de Niterói em 2020, na chapa de Deuler da Rocha, do PSL. Em seu registro, declarou possuir bens no valor de R$ 1 milhão, mas sua carreira política foi manchada pelas propostas e ações controversas, culminando agora em uma investigação criminal significativa. Após sua filiação ao partido NOVO, Ceotto permaneceu no cenário político até agosto de 2024.

A resposta da defesa

A defesa de Luís Maurício Galda, preso e que apontou Ceotto como o autor intelectual do furto, disse que ele já está colaborando com as autoridades e busca ter acesso pleno aos autos da investigação para oferecer maiores esclarecimentos sobre seu envolvimento no crime.

Com a operação em curso e a crescente tensão em torno das investigações, a cidade de Niterói se vê envolta em um espetáculo de escândalos que, além de chocar a população, levanta questões sobre a integridade dos que ocupam ou ocuparam cargos públicos.

A sequência de eventos, que culminou no envolvimento de figuras públicas em um crime de furto, reforça a necessidade de maior vigilância em torno da ética e da moralidade dentro da política brasileira. À medida que mais detalhes vêm à tona, a sociedade aguarda respostas e ações concretas das autoridades.

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