Brasil, 13 de maio de 2025
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EUA reduzem tarifa sobre produtos chineses e ampliam isenção

Novas medidas ajudam marcas como Shein e Temu; taxa chega a 54%.

Na última terça-feira (13), a Casa Branca anunciou uma redução significativa na tarifa conhecida como “taxa das blusinhas”, aplicada a produtos importados da China. A nova taxa, que cairá de 120% para 54%, representa um movimento estratégico em meio a um cenário de tensão comercial entre os Estados Unidos e a China. Esta medida foi bem recebida por empresas como Shein e Temu, que se beneficiam da popularidade de seus produtos acessíveis no comércio eletrônico.

Impacto da redução da tarifa nos consumidores americanos

A revisão do imposto se dará em um momento em que as importações livres de impostos nos EUA cresceram de maneira exponencial, com quase 1,4 bilhão de pacotes registrados em 2024, a maioria vinda da China. A isenção anterior permitiu que empresas como Shein e Temu se tornassem protagonistas no comércio online, oferecendo produtos como roupas e acessórios a preços extremamente competitivos. Agora, com a redução da taxa, a expectativa é que essas marcas continuem atraindo cada vez mais consumidores americanos.

A semelhança com a taxa no Brasil

A “taxa das blusinhas”, que ficou conhecida pelo mesmo motivo no Brasil, se assemelha ao imposto de 20% sobre compras internacionais abaixo de US$ 50. Essa política tributária brasileira também tem como objetivo regular o fluxo de produtos importados e equilibrar a concorrência entre marcas locais e internacionais. A iniciativa do governo dos EUA, que determina um imposto de até 145% sobre encomendas acima de US$ 800, reflete uma estratégia mais ampla de protecionismo e regulação do comércio internacional.

Um acordo temporário entre os dois países

Além da redução das tarifas, os Estados Unidos e a China chegaram a um acordo temporário que suspende as “tarifas recíprocas” por um período de 90 dias. As tarifas sobre as importações chinesas serão reduzidas de 145% para 30%, enquanto a porcentagem cobrada pela China sobre produtos americanos cairá de 125% para 10%. Esse movimento foi anunciado durante negociações em Genebra, onde foi discutido o futuro das relações comerciais entre as duas potências. A cargo do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, o acordo destaca que não há tarifas específicas por setor, mas enfatiza a continuidade do “reequilíbrio estratégico” em áreas vulneráveis como medicamentos e semicondutores.

Repercussão e próximos passos

O cenário atual de guerra tarifária começou a se intensificar após um aumento abrupto das taxas, que se iniciou com decisões da administração anterior. As mudanças recentes buscam, além de aliviar a carga tributária sobre os consumidores, estimular o comércio e mitigar tensões entre as duas maiores economias do mundo. Com as negociações agora em um novo patamar, os reflexos da redução da tarifa ainda deverão ser acompanhados de perto, à medida que diferentes setores reagem e se adaptam a essa nova realidade.

Conclusão

A redução da tarifa conhecida como “taxa das blusinhas” reflete uma jogada estratégica dos EUA em meio a um cenário de comércio internacional delicado. Com a implementação deste novo imposto de 54% a partir de quarta-feira (14), espera-se que empresas como Shein e Temu continuem a expandir sua presença no mercado americano, ao mesmo tempo que a estabilização das tarifas importadas oferece alívio temporário para consumidores e comerciantes. Essa movimentação é um exemplo claro da luta contínua pelo equilíbrio no comércio global e da importância de um ambiente regulatório que permita a concorrência justa.

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