Brasil, 13 de maio de 2025
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Copom reafirma impacto da alta dos juros na economia brasileira

O Comitê de Política Monetária destaca que o aumento da Selic está moderando o crescimento econômico e o consumo no Brasil.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reuniu nos dias 6 e 7 de maio e, em uma declaração divulgada nesta terça-feira (13/5), reafirmou a continuidade de uma política monetária “significativamente contracionista”. Essa estratégia, que se caracteriza pelo aumento da taxa de juros, tem sido crucial para a moderação do crescimento da atividade econômica no Brasil. A informação foi revelada na ata da última reunião do Copom, onde os membros também analisaram os impactos dessa política nos diferentes setores da economia.

Como a alta dos juros impacta a economia

No contexto atual, o Copom enfatizou que a política monetária restritiva já começou a produzir efeitos observáveis em várias áreas, como o mercado de crédito, as sondagens empresariais e o mercado de câmbio. A alta dos juros, que elevou a Selic para 14,75% ao ano na última reunião, representa o sexto aumento consecutivo desde setembro do ano passado.

“O comitê analisou os diversos canais de política monetária e avalia que a política monetária restritiva já tem tido impactos no mercado de crédito, na moderação de alguns indicadores de atividade e de mercado de trabalho”, diz a ata.

O Banco Central também observou que as consequências dessa política devem se aprofundar nos próximos trimestres, devido às defasagens naturais do processo de transmissão das políticas monetárias.

O cenário dos juros no Brasil

A taxa Selic é considerada o principal instrumento de controle da inflação. Quando os juros são elevados, espera-se uma redução no consumo e nos investimentos, resultando em um crédito mais caro. As projeções mais recentes indicam que o mercado financeiro não acredita em um retorno da taxa de juros a dígitos abaixo de 10% durante o governo atual de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sob a direção de Gabriel Galípolo no Banco Central.

Para o Copom, a conjuntura atual é marcada por sinais mistos em relação à desaceleração da atividade econômica, mas há indícios de uma moderação incipiente no crescimento.

“O arrefecimento da demanda agregada é um elemento essencial do processo de reequilíbrio entre oferta e demanda da economia e convergência da inflação à meta”, destacou o comitê.

A diretoria do BC prossegue com a avaliação de que a desaceleração da atividade econômica é parte fundamental da estratégia de política monetária e necessária para a convergência da inflação aos patamares estabelecidos como meta.

A situação do mercado de trabalho

O Copom também ressaltou a importância do mercado de trabalho para o dinamismo da economia nos últimos anos. O aumento do nível de ocupação e a significativa redução da taxa de desemprego têm dado suporte ao consumo e à renda da população.

“Tanto do ponto de vista de renda, com ganhos reais acima da produtividade, como do emprego, com aumento do nível de ocupação e redução expressiva da taxa de desemprego, o mercado de trabalho tem dado bastante suporte ao consumo e à renda”, afirmou o comitê.

No entanto, a diretoria advertiu que a inflexão no mercado de trabalho também faz parte do mecanismo de política monetária, e os efeitos dessa política devem se aprofundar ao longo do tempo, sempre buscando um equilíbrio entre crescimento econômico e controle da inflação.

Com o aumento da taxa básica de juros, o Brasil caminha para um cenário econômico desafiador, no qual a busca pelo reequilíbrio entre crescimento e controle inflacionário se torna cada vez mais crucial. A continuidade do ciclo de aperto monetário pode representar uma estrada longa e complexa até que a economia se recupere completamente, especialmente para consumidores e pequenas empresas que são mais impactados pela elevação dos custos de crédito.

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