Em 13 de maio de 1981, um dos momentos mais impactantes da história recente da Igreja Católica ocorreu quando o Papa João Paulo II foi vítima de um atentado enquanto se dirigia aos fiéis na Praça São Pedro. Quarenta e quatro anos depois, o Cardeal Stanislaw Dziwisz, que foi secretário do Papa Wojtyła, presidirá uma missa em memória do evento que quase custou a vida do pontífice polonês.
Recordando o atentado na Praça São Pedro
A missa será realizada na Basílica de São Pedro, às 18h, e os fiéis estão convidados a participar da celebração. Logo após a liturgia, será realizada uma procissão em direção ao túmulo de São João Paulo II, onde os devotos poderão prestar suas homenagens. O cardeal Dziwisz, que esteve ao lado do Papa no dia do atentado, representa um elo vital entre o passado e a memória coletiva da Igreja.
No dia do atentado, João Paulo II estava em seu papamóvel, cumprimentando os fiéis, quando foi alvejado por tiros disparados por Mehmet Ali Agca. A cena chocou o mundo e rapidamente se tornou um evento marcante para a história não apenas da Igreja, mas também da política global. O atentado deixou todos em estado de choque, mas o Papa, com sua inabalável força de fé, sobreviveu.
O milagre da sobrevivência
Após o atentado, João Paulo II foi levado às pressas para o Hospital Gemelli, em Roma, onde passou por cirurgias delicadas. Ele sobreviveu ao ataque e, durante sua recuperação, sempre acreditou que a intervenção divina foi a razão de sua salvação. O Papa expressou repetidas vezes sua gratidão à Virgem Maria, a quem creditou sua recuperação. Ele costumava afirmar que Nossa Senhora de Fátima havia “desviado as balas”, protegendo-o em um momento de grande perigo.

A visita a Fátima
Um ano após o atentado, João Paulo II fez uma visita simbólica ao Santuário de Fátima, em Portugal, para agradecer à Virgem Maria. Durante essa visita, ele compartilhou com os fiéis: “Quando recuperei a consciência, meus pensamentos imediatamente correram para este Santuário para agradecer ao Coração da Mãe Celestial.” Esse momento foi crucial não apenas para a recuperação do Papa, mas também para reafirmar sua crença na proteção divina.
A importância da mensagem de João Paulo II sobre a fé e a devoção a Maria transcende seu tempo; ele se tornou um símbolo de coragem, fé e resiliência. Seu legado continua a influenciar milhões ao redor do mundo, e sua história é lembrada como um testemunho de superação e esperança.
Reflexões sobre a história e a fé
A celebração deste 13 de maio não é apenas um lembrete do atentado, mas também uma ocasião para refletir sobre a importância da fé em momentos de adversidade. A devoção da Igreja a Nossa Senhora de Fátima, reforçada por João Paulo II, permanece forte, e a história de sua sobrevivência está entrelaçada com a fé que ele cultivou ao longo de sua vida.
As celebrações em memória do Papa Wojtyła, conduzidas pelo Cardeal Dziwisz, não apenas relembram um evento trágico, mas também celebram a vida de um homem que dedicou sua existência ao serviço da humanidade e à promoção da paz e do amor, tornaram-se um marco na história da Igreja Católica.
A referência ao “cuidado maternal especial de Maria” de João Paulo II ressoa fortemente com os católicos de hoje, lembrando a todos que, independente das dificuldades, a esperança e a fé permanecem como pilares fundamentais de nossas vidas.