Brasil, 13 de maio de 2025
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Ata do Copom explica aumento da Selic para 14,75% ao ano

Banco Central divulga ata que esclarece a decisão de aumentar a taxa Selic e suas implicações para a economia.

Na manhã desta terça-feira (13/5), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) divulgou a ata da reunião realizada em maio, onde foram discutidos os fundamentos para a recente elevação da taxa básica de juros, a Selic, de 14,25% para 14,75% ao ano. A decisão, tomada de forma unânime por todos os oito diretores e pelo presidente do BC, Gabriel Galípolo, marca a continuidade de um ciclo de aperto monetário que já dura seis meses.

Aumento da Selic e suas razões

O mercado financeiro já antecipava a decisão de aumentar a Selic, dado que, em reuniões anteriores, o Copom havia sinalizado a continuidade do ciclo de alta, embora em uma “menor magnitude” do que os aumentos praticados anteriormente, que foram de 1 ponto percentual. A nova alta, segundo o comitê, foi considerada “compatível” com a estratégia de convergência da inflação à meta estabelecida pelo Banco Central.

“Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego.”

Com a nova elevação, a Selic alcançou níveis que não eram verificados desde julho de 2006, durante a administração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando a economia brasileira passava por um período de crescimento robusto. O atual cenário econômico, no entanto, apresenta desafios diferentes, com a taxa de inflação crescendo de maneira preocupante.

Perspectivas para a economia brasileira

A alta na Selic não ocorre em um vácuo, já que o Copom prevê um cenário de “elevada incerteza” no ambiente econômico, exigindo cautela adicional e flexibilização nas políticas monetárias futuras. O parâmetro que guiará a ação do comitê será sempre a busca pela inflação na meta.

Atualmente, as projeções de inflação para 2025 ainda se mostram distantes da meta de 4,50%. Recentemente, o relatório Focus revelou que a estimativa dos analistas para essa inflação se encontra em 5,51%. Com a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) já acumulando alta de 5,53%, o risco de descumprimento da meta se torna evidente.

A meta inflacionária para 2025 e 2026 é de 3%, com uma variação de 1,5 ponto percentual. Ela será considerada cumprida se oscilar dentro deste intervalo de tolerância.”

Cenário de juros e inflação

As projeções do BC e do mercado indicam que a Selic deve permanecer em taxas acima de 10% até o fim do governo de Luiz Inácio Lula da Silva em 2026. O presidente Galípolo observou que o Brasil provavelmente enfrentará uma inflação superior à meta estipulada em 3% (com intervalo de tolerância), reiterando que a probabilidade de a meta inflacionária ser descumprida é alta.

Os economistas mantêm suas previsões para a Selic nos próximos anos, com uma expectativa de 12,50% ao ano para 2026, 10,50% ao ano para 2027 e 10% ao ano para 2028 — o que sinaliza uma continuidade das altas taxas de juros que a economia brasileira enfrenta.

Importância do Relatório Focus

O Relatório de Mercado Focus, indispensável para entender as expectativas do mercado financeiro, é divulgado semanalmente pelo Banco Central. Ele sintetiza as estatísticas baseadas nas opiniões de analistas e investidores e inclui a evolução das projeções para índices de preços, atividade econômica, taxa de câmbio e, é claro, a Selic.


Em um cenário de complexidade, é crucial que tanto investidores quanto a população se mantenham informados sobre as decisões do Banco Central e suas repercussões na economia. O acompanhamento das futuras reuniões do Copom será essencial para entender como o Brasil irá lidar com os desafios econômicos que se aproximam.

Imagem colorida das datas das reuniões e atas do Copom em 2025 - Metrópoles

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