Brasil, 12 de maio de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Vendas da Nike no Brasil caem com redução de descontos no atacado

Desempenho em vendas da Nike no atacado revela queda de 19% no primeiro semestre de 2024.

A Nike, uma das líderes globais no setor de artigos esportivos, enfrentou desafios significativos em suas vendas no atacado no Brasil durante o primeiro semestre de 2024. Segundo a SBF, empresa que gerencia a marca no Brasil, as dificuldades nas vendas estão ligadas a uma mudança na estratégia de preços, refletindo a redução dos markdowns — aqueles descontos que, anteriormente, eram amplamente utilizados para escoar estoques elevados.

A queda nas vendas do atacado

Neste período, a Fisia, responsável pela distribuição das mercadorias, começou a implementar a estratégia de redução dos descontos. Essa iniciativa, como aponta o balanço da companhia, ainda não havia sido plenamente reconhecida pelos clientes do atacado, que se acostumaram a um modelo de preços mais flexível. A consequência disso foi uma expressiva queda nas vendas: aproximadamente 19%, quando comparadas ao ano anterior.

Apesar da queda direta no canal atacadista, a empresa observa sinais de esperança para o segundo semestre de 2024. A SBF acreditava que a situação poderia mudar com a recuperação esperada nas vendas, respaldada pelos pedidos de compra recebidos no final do ano, os quais não apresentaram cancelamentos.

Aumento nas lojas próprias

Por outro lado, a Nike viu resultados positivos nos seus canais de venda direta ao consumidor (DTC), que incluem tanto o site quanto as lojas físicas. Aqui, as vendas mostraram um crescimento mais modesto, mas representativo em relação ao desempenho no atacado. O faturamento das lojas físicas cresceu 2,5% em comparação ao mesmo período do ano passado, alcançando R$ 220,8 milhões. Enquanto isso, o canal digital teve um crescimento de apenas 0,9%, totalizando R$ 344,4 milhões.

Estratégias para a recuperação

Com essa dualidade nos resultados, a Nike está se esforçando para alavancar suas vendas nas lojas e no e-commerce. A companhia reconhece que a comunicação com seus consumidores precisa ser fortalecida para que as novas estratégias de preço cheguem efetivamente ao conhecimento do público-alvo. Muitos consumidores, habituados a descontos atraentes, podem não entender a razão da mudança na política de preços.

A Alexandria Mendes, porta-voz da SBF, declarou: “Estamos trabalhando para educar nossos clientes sobre o valor dos produtos Nike, que vão além de preços promocionais. A qualidade e inovação estão no cerne da nossa proposta.”

O futuro das vendas no Brasil

Neste cenário desafiador, especialistas do setor avaliam que a marca precisa ser ágil na adaptação de suas estratégias de marketing e vendas. Com a economia brasileira também passando por transformações, a recuperação das vendas poderá depender não apenas da resposta dos consumidores, mas também de como a empresa se posiciona frente à concorrência e às expectativas do mercado.

A Nike, que tem uma base sólida de fãs no Brasil, deve continuar a monitorar de perto os resultados no atacado e nas vendas diretas para que a recuperação seja não apenas uma esperança, mas uma realidade no curto prazo. A expectativa é de que o segundo semestre traga um ambiente mais favorável, possibilitando a reverter a tendência negativa observada até então.

Enquanto isso, as iniciativas de engajamento com os consumidores e uma comunicação mais efetiva sobre a estratégia dos preços serão fundamentais para o sucesso futuros da marca no Brasil.

Em um panorama onde a fidelidade do consumidor é essencial, a Nike deve focar em inovação e na construção de um relacionamento duradouro com os clientes, crucial para navegar em tempos desafiadores.

Fonte

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes