Brasil, 12 de maio de 2025
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Queda nos homicídios no Brasil: menor taxa em 11 anos

Levantamento revela 45.747 homicídios em 2023, a menor taxa em uma década, mas jovens continuam sendo as principais vítimas.

Um novo levantamento divulgado pelo Atlas da Violência, nesta segunda-feira (12/5), revela que o Brasil registrou 45.747 homicídios em 2023, marcando a menor taxa em 11 anos. As estatísticas oficiais indicam uma taxa de criminalidade de 21,2 homicídios por 100 mil habitantes, representando uma redução de 2,3% em comparação ao ano anterior. Os dados foram coletados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

Dados preocupantes sobre os jovens

Embora a redução nos homicídios seja um sinal promissor, a pesquisa mostra que os jovens continuam sendo os mais atingidos pela violência. Em 2023, 21,8 mil jovens entre 15 e 29 anos foram mortos, o que equivale a uma média de 60 assassinatos por dia, ou cinco a cada duas horas. Este triste cenário faz com que os homicídios representem a principal causa de morte nesta faixa etária, com 34 a cada 100 mortes sendo atribuídas a homicídios. É alarmante notar que 93,5% dos registros de vítimas nessa faixa etária foram de homens.

Redução da violência: contextos e fatores

A redução geral da violência no país pode ser atribuída a uma combinação de fatores. Entre eles, destacam-se o envelhecimento da população, o que pode levar a uma diminuição natural da criminalidade; uma trégua na intensa rivalidade entre as facções criminosas Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC); e uma “revolução invisível” nas políticas de segurança pública implementadas em diversas regiões. Essa série de fatores tem contribuído para uma redução sistemática dos homicídios em 11 estados brasileiros ao longo de mais de sete anos.

Geografia da violência

Quando analisamos a distribuição geográfica dos homicídios, as diferenças se tornam evidentes. Os menores índices estão concentrados nos estados do Sul, além de São Paulo, Minas Gerais e o Distrito Federal. Em contrapartida, as maiores taxas de homicídios são encontradas nas regiões Norte e Nordeste, onde a violência ainda persiste de forma alarmante. Essa diferença regional ressalta a necessidade de políticas de segurança pública que levem em conta as peculiaridades de cada local, encontrando soluções específicas para as realidades enfrentadas por seus cidadãos.

Impacto nas políticas de segurança pública

O levantamento do Atlas da Violência também suscita discussões importantes acerca das políticas de segurança pública e seu impacto no cotidiano da população. É fundamental que as autoridades permaneçam atentas às mudanças nas dinâmicas da violência, ampliando esforços para proteger os grupos mais vulneráveis, especialmente os jovens, que continuam a ser os mais afetados. As iniciativas de prevenção e conscientização sobre a violência devem ser priorizadas, passando por ações de educação e promoção de atividades que envolvam a participação da comunidade.

Futuro das estatísticas de violência

Enquanto o Brasil celebra a queda nos índices de homicídios, ainda há um longo caminho a percorrer. O foco deve estar em políticas públicas que não apenas visem a redução da criminalidade, mas que também se preocupem com o bem-estar social, atendendo às necessidades dos grupos demográficos mais vulneráveis. O desafio está em garantir que os dados positivos refletem uma realidade duradoura e que os jovens não continuem a ser as principais vítimas da violência. Mantendo o compromisso com a prevenção e a educação, o Brasil pode vislumbrar um futuro onde a violência não reinará em suas cidades.

Para mais informações sobre os dados e estatísticas da violência no Brasil, acesse o link da fonte.

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