Brasil, 12 de maio de 2025
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Polícia descobre fábrica clandestina de cigarros no Rio de Janeiro

Cinco brasileiros foram detidos, e 22 paraguaios foram resgatados em operação contra a lavagem de dinheiro da máfia dos cigarros.

Uma operação realizada na manhã desta segunda-feira (12) levou à descoberta de uma fábrica clandestina de cigarros localizada no bairro Vigário Geral, na Zona Norte do Rio de Janeiro. O trabalho conjunto entre a Polícia Federal (PF), a Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Estado foi crucial para a operação, que não só resultou na prisão de cinco brasileiros suspeitos de envolvimento no esquema, mas também no resgate de 22 paraguaios em situação análoga à escravidão.

Operação contra a máfia dos cigarros

Segundo as autoridades, a operação visa desmantelar a lavagem de dinheiro relacionada à máfia dos cigarros, uma prática criminosa ligada ao contraventor Adilson Oliveira Coutinho Filho, conhecido como Adilsinho. As equipes encontraram um galpão com diversas máquinas e materiais que indicavam uma produção em larga escala de cigarros clandestinos.

Inicialmente, as 26 pessoas encontradas no local foram tratadas como vítimas de trabalho análogo à escravidão. No entanto, as investigações subsequentes revelaram que quatro brasileiros estavam diretamente envolvidos na produção e no esquema que sustentava a fábrica.

Conexões com a criminalidade

Adilsinho, que atualmente está foragido, é o principal suspeito de ser o mandante de vários crimes violentos, incluindo homicídios e sequestros. Ele é considerado o chefe da máfia de cigarros ilegais no Rio de Janeiro e usa essas fábricas para aumentar seus lucros e lavar o dinheiro proveniente de suas atividades ilícitas. A polícia já identificou que ele obriga comerciantes a revenderem os produtos gerados por essas operações clandestinas.

A série de investigações que envolve Adilsinho já conecta ele a mais de 20 crimes graves, o que ressalta a gravidade das atividades da máfia dos cigarros na região. Em 2022, uma operação semelhante resultou na apreensão de uma outra fábrica em Caxias, onde 23 paraguaios e um brasileiro foram resgatados em condições similares.

Consequências e próximos passos

Após a apreensão dos equipamentos e do material no galpão, tudo foi levado para o depósito da Receita Federal, onde passará por perícia e demais formalidades legais. A situação das 22 pessoas resgatadas será avaliada para garantir que recebam a assistência necessária.

As investigações devem continuar visando identificar outros possíveis envolvidos e desmantelar ainda mais operações ligadas aos crimes de Adilsinho e sua rede de contrabando de cigarros. As autoridades ressaltam a importância de combater essa modalidade criminosa que não só prejudica a economia local, mas também explora vulneráveis em situações de trabalho forçado.

Enquanto isso, a Polícia Federal intensifica seus esforços em operações que visam coibir a lavagem de dinheiro e a exploração de trabalhadores em situações análogas à escravidão, reafirmando seu compromisso em combater o crime organizado em todas as suas formas.

A população é encorajada a denunciar atividades suspeitas, contribuindo assim para a segurança e o bem-estar da comunidade.

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