Brasil, 12 de maio de 2025
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Marta Suplicy surge como opção para chapa da esquerda em SP

A ex-prefeita de São Paulo pode ser a candidata da esquerda diante das resistências de Alckmin e Haddad nas eleições do próximo ano.

Com as resistências do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Fernando Haddad (PT) em se candidatarem nas próximas eleições, a ex-prefeita Marta Suplicy voltou a ser considerada por uma ala do PT como uma opção viável para compor uma chapa de esquerda em São Paulo. O cenário político atual, marcado por incertezas e disputas internas, coloca Marta como uma possível vice ou até candidata ao Senado, o que reacende o debate sobre a estratégia da esquerda para o pleito de 2024.

A complexidade da montagem da chapa em SP

A construção da chapa no maior estado do Brasil tornou-se um desafio, conforme relatam aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Até o momento, não há um nome considerado forte o suficiente para concorrer ao governo e servir de palanque para Lula, caso ele decida disputar a reeleição. A falta de consenso entre os principais líderes da esquerda reflete uma preocupação em não deixar os eleitores sem uma opção clarificada e competitiva.

Em março, o jornal O Globo noticiou que lideranças petistas próximas a Lula começaram um movimento para convencer Alckmin e Haddad a enfrentarem a eleição em São Paulo. O plano original seria que Alckmin concorresse ao executivo, aproveitando seu histórico de quatro mandatos como governador, enquanto Haddad tentaria uma das vagas no Senado. No entanto, ambos resistem a essa perspectiva. Alckmin pensa em continuar como vice de Lula, enquanto Haddad já deixou claro que não deseja se lançar candidato.

As intenções de Márcio França

Enquanto isso, o ministro do Empreendedorismo, Márcio França, já expressou publicamente seu desejo de concorrer ao governo de São Paulo, cargo que ocupou em 2018. Em abril, durante um congresso estadual do PSB, ele lançou uma espécie de pré-candidatura, sinalizando que está se preparando para a disputa e buscando apoio entre as bases do partido.

Cenário atual e os desafios para a esquerda

No atual cenário, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) é visto como o grande favorito à reeleição. Sua expectativa é de conseguir novas alianças, o que pode complicar ainda mais a busca por apoio para a chapa de esquerda, deixando poucas opções para os partidos de centro se unirem ao PT. Esta configuração exige uma análise cuidadosa para que a esquerda não fique isolada em um contexto eleitoral já polarizado.

Se as previsões se confirmarem, Marta Suplicy pode ser a solução para essa equação. Uma pesquisa que circulou entre os petistas em São Paulo indica que a imagem da ex-prefeita é avaliada de forma até superior à de Alckmin. Ambos aparecem como os mais bem avaliados entre os candidatos da esquerda, embora ainda fiquem atrás dos nomes em destaque na direita, o que pode complicar ainda mais a situação.

Resistências e apoio a Marta

Apesar das perspectivas positivas para Marta, há uma ala dentro do PT que resiste à ideia de sua candidatura. Essa corrente acredita que é hora de renovar os quadros da esquerda e promover novos nomes. No entanto, aliados de Marta ressaltam que seu maior trunfo é a relação próxima que mantém com Lula. O presidente, inclusive, compareceu à festa de 80 anos da ex-prefeita, um gesto que foi interpretado como um sinal de prestígio e apoio.

O entendimento entre os aliados é que cabe a Lula decidir o futuro de Marta. Se houver um chamado do presidente, a ex-ministra deve colocar seu nome à disposição novamente. No ano passado, após articulação de Lula, ela se filiou novamente ao PT e atuou como vice de Guilherme Boulos (PSOL) na disputa pela Prefeitura de São Paulo, mas não obteve sucesso no segundo turno, sendo derrotada por Ricardo Nunes (MDB).

Assim, o desenrolar da situação em São Paulo deve ser acompanhado de perto, à medida que o cenário político se delineia para as eleições de 2024. Com Marta Suplicy como uma opção viável, a esquerda brasileira pode encontrar um caminho para unir suas forças e apresentar uma candidatura competitiva diante das adversidades.

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