Brasil, 12 de maio de 2025
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Eduardo Leite no PSD e suas ambições políticas para 2026

A entrada de Eduardo Leite no PSD reforça sua busca pela presidência, mantendo Gabriel Souza como vice na sucessão gaúcha.

A recentíssima entrada do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, no Partido Social Democrático (PSD) não altera seus planos em relação à sucessão estadual. Ele continua empenhado em apoiar Gabriel Souza, do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), como candidato à sua sucessão, enquanto trabalha em sua própria candidatura à presidência do Brasil. O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, garantiu o comando do diretório estadual a Leite. Ao ser questionado sobre a formação da chapa governista gaúcha para o próximo ano, Kassab delegou a preferência ao novo filiado, deixando claro que a estruturação da candidatura cabe a ele.

A influência do MDB nas eleições gaúchas

Leite reconheceu a importância do MDB no estado, salientando que o partido teve candidatos a governador em todas as eleições, exceto na última, quando o governador recebeu o seu apoio. “O MDB é importante no estado, e sua presença fortalece a nossa aliança”, destacou Leite. Com isso, ele deixa claro que busca uma composição política que seja sustentável e que não despreze aliados históricos.

O governador expressou a expectativa de que uma composição para a vice e as duas vagas ao Senado ocorra “no momento adequado”, considerando os partidos aliados. Essa estratégia também leva em conta o contexto eleitoral, que ganhou um novo ar em 2022, quando Leite se tornou o primeiro governador reeleito do Rio Grande do Sul, quebra uma tradição de décadas. Essa vitória foi alcançada através de uma união atípica, com o apoio crítico do Partido dos Trabalhadores (PT) contra o rival Onyx Lorenzoni (PL).

Desafios e candidaturas no PT

O ex-deputado Edegar Pretto, uma figura significativa do PT, se apresenta como um possível candidato à governadoria. Ele enfatizou a importância de apresentar um nome que represente o campo popular e democrático, após ter ficado de fora do segundo turno em 2022 por uma diferença de apenas 2,5 mil votos. Pretto já planeja iniciar diálogos com outras legendas que compõem a base do presidente Lula, buscando esclarecer a frente que conduziu a uma vitória expressiva nas últimas eleições.

O cenário interno do PT aponta para uma nova candidatura de Pretto, provavelmente acompanhada de um movimento para direcionar o deputado federal Paulo Pimenta, ex-ministro da Secom do governo Lula, para o Senado. A intenção é estabelecer uma aliança com o PDT, que, sob a liderança da ex-deputada federal Juliana Brizola, surpreendeu nas eleições municipais de Porto Alegre. Contudo, a iminente oposição desencadeada pelos votos de Brizola e a aliança com Leite complicam a situação para o PT.

Movimentações no cenário político regional

O governador Leite, pensando em isolar o PT, começou a oferecer cargos na administração ao PDT, buscando consolidar sua aliança com o partido. Recentemente, um deputado da sigla foi nomeado para a pasta da Cultura, um indicativo de que Leite planeja solidificar essa relação até o pleito de 2026. As movimentações políticas em nível federal também influenciam essa estratégia, dada a crise interna do PDT após a demissão do presidente Carlos Lupi do Ministério da Previdência.

No cenário do Senado, Paulo Pimenta enfrenta a pressão de manter a cadeira de Paulo Paim, um importante nome do partido que anunciou sua aposentadoria. Pimenta reconhece que o partido pode ter falhado na renovação estadual e terá dificuldades frente à ofensiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, que visa ocupar todos os postos no Sul do Brasil. A meta de uma frente comum entre partidos de esquerda surge como uma solução potencial para enfrentar essa pressão.

Perspectivas futuras e novos nomes

Além de Pimenta, a ex-deputada Manuela D’Ávila, que recentemente saiu do PCdoB, aparece como um nome forte nas discussões, podendo integrar a corrida eleitoral. Ela já foi candidata a vice-presidente e afirma ter recebido propostas do PT, PSB e PSOL. A prioridade de Manuela é a construção de uma frente ampla para fortalecer a unidade e combater a extrema direita, criando uma agenda ousada que atenda às necessidades de mulheres e jovens trabalhadores.

Com a eleição de 2026 se aproximando, o cenário político no Rio Grande do Sul continua a se desenrolar com uma diversidade de candidaturas e estratégias. A união entre diferentes forças políticas poderá ser um fator determinante para o sucesso de qualquer candidato, especialmente em um contexto onde a polarização está em alta.

A política gaúcha vive um momento de oportunidades e desafios, e as escolhas que estão sendo feitas pelos principais atores prometem moldar o cenário eleitoral do estado nos próximos anos.

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