Brasil, 12 de maio de 2025
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Bolsonaro comenta contraste entre anistiados e presos do 8 de janeiro

Ex-presidente Jair Bolsonaro critica desigualdade nas anistias e defende liberdade para presos após protestos de janeiro de 2023.

No dia 12 de maio, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez uma declaração polêmica ao ressaltar um “contraste” entre a situação dos anistiados vinculados à esquerda armada e os manifestantes que foram presos durante os atos do 8 de Janeiro. Em um post em suas redes sociais, ele trouxe à tona casos de brasileiros que receberam reconhecimento e indenização por atividades que, em seu tempo, atentavam contra o regime vigente e suas instituições.

“Agora, compare-se isso à realidade vivida por cidadãos comuns que estiveram presentes nos protestos de 8 de janeiro de 2023. Mais de 2 mil pessoas foram presas, muitas delas sem antecedentes criminais, algumas idosas, mães de família ou trabalhadores, que jamais pegaram em armas”, destacou Bolsonaro.

Bolsonaro criticou a situação dos presos que, segundo ele, não têm “evidências concretas de envolvimento direto em atos de vandalismo”. Ele também lamentou que muitos dos detidos não tiveram o direito à ampla defesa respeitado, enfatizando que não busca negar a responsabilização, mas questionando a disparidade de tratamento entre os que lutaram por suas ideologias no passado e os que participaram de manifestações em janeiro.

As analogias de Bolsonaro

O ex-presidente trouxe à discussão a questão das indenizações pagas a militantes que participaram de sequestros durante a ditadura militar. “Como explicar que um militante que participou de sequestros, como alguns integrantes do MIR ou da VAR-Palmares, receba indenização vitalícia com recursos do Estado, enquanto um pai de família que protestava em Brasília enfrenta 17 anos de cadeia, sem qualquer histórico de violência?”, questionou.

A manifestação em Brasília, em apoio à anistia, reuniu diversas lideranças políticas e cidadãos que acreditam na necessidade de uma revisão sobre os casos dos presos do 8 de janeiro. O evento foi amplamente apoiado por parlamentares do PL, que reforçaram a argumentação a favor da anistia.

O ato pela anistia

Aos seguidores do movimento “Caminhada Pacífica pela Anistia Humanitária”, Bolsonaro expressou gratidão pelas orações e reforçou que o Brasil “tem a vocação da liberdade”. Ele defendeu que a anistia é uma prerrogativa do Legislativo e pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) não interfira nas deliberativas do Congresso.

PL da Anistia em tramitação

Atualmente, tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei que busca perdoar os manifestantes que participaram da invasão e depredação dos prédios dos Três Poderes, ocorrida em janeiro de 2023. O PL da Anistia é defendido pela oposição, que alega ter as assinaturas necessárias para aprovar a urgência da proposta.

Se a urgência for aprovada, o texto poderá ser votado diretamente em Plenário, sem a necessidade de análise prévia das comissões. Essa aceleração na tramitação reflete o clamor de parte da sociedade que pede uma reconsideração sobre a participação nos protestos e a situação de seus participantes.

A discussão sobre a anistia volta à cena política e traz à tona não apenas dilemas jurídicos, mas também questões éticas relacionadas à justiça e à política em um país que continua dividido em muitos de seus aspectos. O posicionamento de Bolsonaro neste debate atrai a atenção não apenas de seus apoiadores, mas também dos críticos, que veem na defesa da anistia uma forma de minimizar a responsabilidade pelos atos de janeiro de 2023.

Por fim, o ex-presidente encerra sua fala destacando a necessidade de reavaliar o tratamento dado aos presidiários do 8 de janeiro, uma questão que deve continuar a gerar debates acalorados dentro e fora das esferas políticas do Brasil.

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