Brasil, 12 de maio de 2025
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Alckmin elogia entendimento entre China e EUA e destaca multilateralismo

O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, destaca a importância do entendimento entre China e EUA e defende o multilateralismo em entrevista em São Paulo.

O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, que também ocupa o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), se pronunciou a favor do entendimento recente entre China e Estados Unidos, ressaltando a relevância desse acordo no cenário econômico global. Durante uma coletiva de imprensa em São Paulo, Alckmin destacou que a prioridade do governo brasileiro é a defesa do multilateralismo, que favorece o livre comércio e, consequentemente, gera emprego e renda para a população.

A importância do entendimento entre potências

Em sua fala, Alckmin enfatizou: “É muito bom que haja um entendimento entre Estados Unidos e China, os dois maiores PIBs do mundo, economias importantíssimas.” A declaração ocorre em um momento crucial, em que o Brasil, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, busca fortalecer sua posição no comércio internacional e na economia global. O vice-presidente, que assumiu interinamente a presidência durante a viagem oficial de Lula à China, reiterou a necessidade de reforçar a Organização Mundial do Comércio (OMC) para garantir regras claras no comércio exterior.

Alckmin também expressou otimismo em relação ao futuro das relações comerciais entre os países. “Torcemos por um bom entendimento,” comentou durante a abertura da APAS Show 2025, feira do setor supermercadista. Esse tipo de evento serve como plataforma para discutir as tendências do mercado e a importância de fortalecer laços comerciais.

Reações positivas das bolsas

O entendimento entre China e Estados Unidos teve um efeito imediato nas bolsas globais, levando a um aumento significativo nas negociações. Após a reunião em Genebra, onde ambos os países concordaram em reduzir temporariamente as tarifas retaliatórias por um período de 90 dias, houve uma alta nos índices financeiros. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, teve uma leve desaceleração na manhã, mas ainda assim, permaneceu em alta de 0,04%, atingindo 136.571 pontos. A moeda americana também apresentou uma leve valorização durante o período.

Enquanto isso, Luiz Inácio Lula da Silva, durante sua visita à China, criticou a postura dos EUA na guerra tarifária que teve início com Donald Trump, afirmando que considera a relação bilateral com Pequim como “indestrutível”. Lula ainda se encontra em território chinês, onde se reunirá com o presidente Xi Jinping, o que pode resultar em acordos bilaterais que reafirmem a unidade do Brasil com a China.

Expectativas sobre a economia brasileira

Além de comentar as questões internacionais, Alckmin abordou também a situação econômica interna, destacando a expectativa de que a taxa Selic, principal taxa de juros do Brasil, “caia fortemente”. Segundo o ministro, essa expectativa está relacionada à inflação dos alimentos e aos preços pressionados pelo clima e pela valorização do dólar no ano passado. “Os dois cenários mudaram, o clima até agora está ótimo, nós devemos ter uma super safra e o dólar caiu de R$ 6,20 para R$ 5,70,” afirmou Alckmin.

O presidente em exercício busca tranquilizar o mercado ao indicar que a política econômica do governo irá priorizar um ambiente propício para o crescimento, liberando mais recursos para investimentos e consumo. Ele também defendeu reformas estruturais, como a reforma tributária e de Imposto de Renda, para melhorar a dinâmica econômica do país.

Modernização do Programa de Alimentação do Trabalhador

No espírito de modernização e inovação, Alckmin mencionou a necessidade de alterar o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), uma proposta que surgiu do setor empresarial durante a abertura da APAS Show. O governo está avaliando novas alternativas para reduzir os custos de intermediação associados a este programa.

Quando questionado sobre a possibilidade de permitir a venda de medicamentos isentos de prescrição em supermercados, uma iniciativa defendida por empresas do setor, Alckmin afirmou que o assunto será objeto de estudo, demonstrando uma abertura para novas ideias que podem facilitar o comércio e beneficiar o consumidor.

Ao final da coletiva, ficou claro que o governo brasileiro está empenhado em criar um ambiente que favoreça a competitividade e a integração do Brasil no cenário global, ao mesmo tempo em que busca fortalecer suas próprias bases econômicas internas através de reformas e parcerias estratégicas.

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