Brasil, 11 de maio de 2025
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Vice-governador do Rio avalia acordo que facilitaria candidatura de Bacellar

Thiago Pampolha reconsidera futuro político em meio a negociações para cargo no Tribunal de Contas, afetando eleição de 2026.

O cenário político do Rio de Janeiro está em ebulição com as movimentações do vice-governador Thiago Pampolha (MDB) e do presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar (União), que almejam a cadeira de governador nas eleições de 2026. Em meio a negociações intensas, uma nova possibilidade surge no horizonte: um acordo que concederia a Pampolha uma posição no Tribunal de Contas do Estado (TCE), abrindo espaço para Bacellar ter uma candidatura mais forte ao Palácio Guanabara.

A tensão política entre os dois candidatos

Desde que o atual governador Cláudio Castro (PL) passou a intensificar suas ações para apoiar a candidatura de Bacellar, a posição de Pampolha tornou-se mais delicada. Contrário a essa movimentação inicial, que visava garantir sua própria candidatura ao governo, o vice-governador agora considera a abertura de um espaço no TCE, o que poderia significar um recuo em suas ambições eleitorais.

A vaga do conselheiro José Maurício de Lima Nolasco está prestes a ser aberta no dia 19, quando Nolasco se aposentará compulsoriamente. Pampolha, que até pouco tempo era inflexível em relação à possibilidade de ocupar esse cargo, parece agora redimensionar suas opções. Em abril, ele declarou ao GLOBO que a ideia de assumir o TCE “nem passava pela cabeça”, mas atualmente ele admite que está avaliando a situação.

O dilema de Pampolha

“Todo mundo sabe do meu sonho de ser candidato a governador, mas ainda não tomei uma decisão”, afirmou Pampolha. Essa indecisão reflete não apenas suas aspirações pessoais, mas também a complexidade das alianças políticas necessárias para viabilizar uma candidatura competitiva. As movimentações recentes mostram que, na visão do vice-governador, um afastamento de Bacellar poderia liberar o caminho para sua candidatura ao governo em 2026.

Bacellar, por outro lado, é claro ao afirmar que precisa garantir um espaço forte no governo, o que inclui uma possível posição como governador antes das próximas eleições. Para isso, ele acredita que, sem a presença de Pampolha, poderá pressionar a saída de Cláudio Castro antes do prazo, um plano que carece do apoio substancial de aliados políticos.

As alianças em jogo para 2026

Os principais partidos que sustentam o governo parecem ter alinhado suas estratégias com Bacellar, o que levanta questionamentos sobre a viabilidade da candidatura de Pampolha. Apesar de seu histórico político e do respaldo que possui, ele enfrenta o risco de isolamento em meio a alianças que não se concretizaram até o momento.

Os planos de Bacellar incluem eventos de grande visibilidade, como o réveillon e o carnaval, para aumentar sua renomada. Contudo, à medida que as negociações por um espaço no TCE avançam, Pampolha sente a necessidade de repensar seu futuro político. Há rumores de que ele, por pressão de Bacellar, também está sendo considerado para cargos em empresas públicas, como a Cedae, que são tradicionalmente muito visadas na política local.

A expectativa em torno das movimentações

Castro, que recentemente está em viagem internacional, deve discutir após seu retorno as soluções para o impasse entre Pampolha e Bacellar. A dinâmica que se estabelece nesse cenário pode moldar o futuro político do estado, afetando não apenas a eleição de 2026, mas também as relações internas dentro do governo.

A hesitação de Castro em liberar Pampolha para o TCE é compreensível, uma vez que a posição foi previamente promissora para seu chefe de gabinete e estrategista político. A preocupação é que, caso Pampolha assuma essa cadeira, suas chances de revelação política nas próximas legislaturas fiquem severamente comprometidas.

Ao que tudo indica, a pressão sobre o vice-governador para tomar uma decisão aumentará à medida que se aproximam as eleições e a necessidade de consolidar alianças partidárias se torna ainda mais urgente. A complexidade deste cenário reflete a dinâmica do jogo político no Rio de Janeiro, onde as ambições pessoais e os interesses coletivos se entrelaçam de maneira intricada.

Conforme os atores políticos se movimentam no tabuleiro eleitoral, a expectativa é que mais acontecimentos possam alterar o eixo da disputa pelo governo do estado nos próximos meses. O desfecho deste impasse será crucial para os rumos políticos de Thiago Pampolha e Rodrigo Bacellar, redefinindo a literatura política fluminense para 2026.

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