Na última partida sob o comando interino do diretor técnico Felipe Loureiro, o Vasco da Gama mais uma vez decepcionou seus torcedores. Mesmo jogando com um atleta a mais durante cerca de 60 minutos, a equipe saiu na frente com um gol de Vegetti, mas não conseguiu segurar a vantagem e foi derrotada pelo Vitória, com um placar de 2 a 1, no estádio Barradão. Renato Kayzer, que estreou pelo Leão, foi o autor dos dois gols da equipe da casa, deixando o Vasco em um momento crítico no Campeonato Brasileiro.
Desempenho insatisfatório e risco de rebaixamento
Com esse resultado, o Vasco se mantém com apenas 7 pontos e ocupa a incômoda zona de rebaixamento. A passagem de Felipe no comando técnico foi marcada por três derrotas e um empate, refletindo a falta de uma estratégia eficiente e a fragilidade emocional do grupo. Na próxima terça-feira, o time enfrentará o Lanús, em Buenos Aires, agora sob a orientação de Fernando Diniz, que será apresentado hoje no Rio de Janeiro e deverá comandar o primeiro treino amanhã.
“A chegada do Fernando Diniz vai motivar a todos. Ele é um treinador que consegue extrair o máximo dos jogadores, que já estão mentalmente abalados. Futebol não é só a parte física, a parte mental é fundamental”, analisou Felipe após a partida. O novo técnico chega em um momento crucial e espera reverter essa situação complicada, mas a tarefa promete não ser fácil.
Fatores que prejudicam o desempenho do time
Nos bastidores, o Vasco vive um período turbulento, com críticas à gestão do presidente Pedrinho. A equipe tem demonstrado fragilidade em todos os aspectos do futebol, seja técnica, tática, física ou mental. A falta de reação diante da expulsão de Matheuzinho, que ocorreu na primeira metade da partida, é um indicativo claro do desespero que abateu o time. Após a expulsão, o Vasco até conseguiu marcar um lindo gol, resultado da boa movimentação em conjunto entre Coutinho, Nuno Moreira e Piton, culminando no belo cruzamento para Vegetti, que finalizou com precisão.
Entretanto, após o intervalo, o que se viu foi uma ausência total de tática e planejamento por parte do comando técnico. Durante a partida, o Vasco, mesmo sendo superior em números, não conseguiu manter a posse de bola. Felipe fez uma substituição que se mostrou duvidosa, ao trocar o meia Paulinho, que apresentava boa movimentação, por Hugo Moura, o que contribuiu para a perda de controle no meio-campo, situação que o Vitória soube explorar.
A virada do Vitória e a incapacidade do Vasco de reagir
Na etapa final, o Vitória se aproveitou da fragilidade do adversário e aproveitou duas jogadas de bola parada para consolidar a vitória. O primeiro gol saiu de um rebote que Kayzer não desperdiçou na pequena área. O segundo gol da equipe baiana veio no final da partida, em uma jogada ensaiada que culminou em um passe preciso de Mosquito para Kayzer, que selou a virada. A facilidade com que o Vitória conseguiu virar o jogo foi emblemática da fase conturbada que o cruz-maltino enfrenta.
A frustração dos torcedores é compreensível, visto que mesmo jogando com um a mais, o time não mostrou a garra necessária para superar os desafios impostos pelo confronto. Assim, com a chegada de Fernando Diniz, resta aos apaixonados pela equipe a esperança de que a nova fase traga a recuperação que o Vasco tanto necessita, pois uma sequência negativa como essa pode resultar em consequências devastadoras para o clube, atualmente atrelado à zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.