Brasil, 11 de maio de 2025
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Pré-candidato à governadoria de São Paulo comenta desafios e estratégias

Mario França, do PSB, fala sobre sua disposição para as eleições de 2026 em São Paulo e aborda a situação política atual.

Em uma entrevista recente, Mario França, antigo membro do PSB e uma figura proeminente no cenário político de São Paulo, abriu o jogo sobre sua disposição para concorrer ao governo do estado em 2026. Ele relembrou sua trajetória no partido, enfatizando que, ao longo de mais de 40 anos, sua filiação sempre esteve ligada à luta pela esquerda, apesar de seu espectro político ser, reconhecidamente, mais central em comparação a outros membros de partidos como o PT.

Disposição para a candidatura

França revelou sua vontade de se candidatar a governador, destacando que em 2018 não teve a oportunidade adequada devido à impetuosidade do cenário político, marcado pelo surgimento do ex-presidente Jair Bolsonaro e as circunstâncias que cercaram sua tentativa de reeleição. Ao mencionar a competição acirrada contra o ex-governador João Doria, França lembrou da influência negativa que o contexto teve em sua campanha.

Apoio da bancada do PT

Em relação ao apoio do PT à sua candidatura, França afirmou que a maioria dos membros da bancada federal está favorável a uma candidatura única. Ele citou uma conversa recente com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que indicou que não pretende se candidatar em nível estadual, abrindo espaço para uma frente mais ampla na esquerda. França acredita que a candidatura deve refletir um consenso entre os partidos da coligação e ajustou suas expectativas à realidade política atual, onde uma abordagem mais unida poderá resultar em resultados mais positivos nas urnas.

Desafios de uma eventual disputa contra Tarcísio de Freitas

Quando questionado sobre a possibilidade de concorrer contra Tarcísio de Freitas, atual governador de São Paulo, França assumiu uma postura estratégica. Ele reconheceu o peso das decisões políticas que Tarcísio terá que enfrentar, principalmente sobre renunciar ou não ao seu cargo. França planeja uma abordagem mais agressiva, em contraste com os adversários anteriores de Tarcísio, que optaram por uma rivalidade mais branda. Para ele, a falta de agressividade nas campanhas anteriores facilitou a atuação do atual governador.

Críticas às privatizações e a gestão das escolas

Durante a conversa, França também abordou as privatizações realizadas pelo governo estadual. Ele expressou uma visão crítica em relação à privatização da gestão das escolas públicas, considerando essa ação um erro que prioriza números em detrimento das necessidades humanas. Para França, a função do Estado não é gerar lucro, mas sim garantir serviços essenciais à população, e as decisões de gestão devem sempre considerar o bem-estar da sociedade.

Estratégia eleitoral e aliados na disputa

Ao ser questionado sobre seu arranjo eleitoral, França falou sobre a improbabilidade de contar com Geraldo Alckmin, ex-governador e sua antiga referência política, em uma candidatura majoritária. Embora tenha declarado apoio a Alckmin, enfatizou o desafio de construir uma coalizão forte que represente a esquerda de maneira unificada.

Ainda assim, ele admitiu que a situação da esquerda em São Paulo está complicada, considerando que, ao contrário da direita, que possui vários nomes fortes, a esquerda precisa de um consenso para evitar divisões que possam prejudicar suas chances na eleição.

Percepção do eleitorado e a crença na viabilidade da candidatura

França manifestou sua disposição em mostrar que a análise do atual presidente do PSB, Carlos Siqueira, que vê a eleição perdida para a esquerda, está errada. Ele sustenta que Tarcísio é vulnerável e que ainda há chances de vitória, desde que sua candidatura seja estrategicamente estruturada e avalie as falhas de administração do atual governo.

Por fim, sobre a participação do presidente Lula em sua campanha, França foi categórico: “Estará 100%, 120%”. Ele acredita que essa participação pode ser decisiva, dado o histórico de apoio que recebeu do PT em eleições passadas.

Com sua experiência política e a disposição de enfrentar a eleição de forma robusta, Mario França se posiciona como uma alternativa viável para a esquerda em São Paulo, enquanto busca construir uma estratégia política que faça frente aos desafios que estão por vir nas eleições de 2026.

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