O desenvolvimento da maternidade é um sonho para muitas mulheres, mas, para algumas, essa caminhada pode ser marcada por desafios e dor. Este é o caso de Isabela Saab Lanza, uma nutricionista de 30 anos que enfrentou uma batalha emocional e de saúde ao tentar se tornar mãe. Sua história ilustra as dificuldades que muitas mulheres enfrentam ao lidar com a perda gestacional e doenças que afetam a fertilidade.
A luta pela gravidez
Isabela foi diagnosticada com endometriose profunda, adenomiose e miomas, condições que podem dificultar a concepção e afetar diretamente a saúde reprodutiva. Após apenas quatro meses de tentativas, ela conseguiu engravidar, um momento de grande alegria que rapidamente se transformou em tristeza. A gravidez de Isabela, que parecia promissora, acabou sendo interrompida pela perda do seu filho, Joaquim, na 23ª semana de gestação.
Uma história de amor e perda
A dor da perda é uma realidade que muitas mães, como Isabela, enfrentam. “Sentirei saudades pelo resto da minha vida”, desabafa ela, refletindo sobre sua experiência. A maneira como a perda de um filho pode impactar a vida de uma mãe é indescritível, e muitas vezes é um tema que não é abordado abertamente na sociedade. Isabela se tornou uma voz para aquelas que passaram por experiências semelhantes e que ainda estão em luto.
A importância do acolhimento
Após a perda de Joaquim, Isabela percebeu a importância do apoio emocional e psicológico. É fundamental que mulheres que passaram por perdas gestacionais recebam suporte adequado durante esse período. “Eu precisava de um espaço seguro para falar sobre a minha dor. Infelizmente, nem todos compreendem a profundidade dessa perda”, diz Isabela, destacando a necessidade de uma rede de apoio mais forte para mães que estão lidando com suas tristezas.
A luta contra a endometriose
Além do luto, Isabela confronta diariamente os desafios impostos pela sua condição de saúde. A endometriose é uma doença que afeta milhões de mulheres no Brasil e pode causar dor intensa, complicações na gravidez e dificuldades para engravidar. Isabela está determinada a continuar seu tratamento e a lutar por um futuro que ainda inclui a maternidade.
O papel da conscientização
A história de Isabela também lança luz sobre a necessidade de conscientização sobre a endometriose e suas consequências. Muitas mulheres não estão cientes dessa condição e, como resultado, acabam atrasando o diagnóstico e o tratamento, o que pode levar a complicações maiores no futuro. Campanhas de conscientização podem ajudar a desestigmatizar a conversa sobre saúde feminina e encorajar mais mulheres a buscar ajuda e informações sobre suas condições de saúde.
Um futuro repleto de esperança
Apesar das dificuldades enfrentadas, Isabela mantém a esperança de que um dia poderá ser mãe novamente. Ela está aberta a explorar alternativas, como tratamentos e fertilização in vitro, em busca de realizar o sonho de construir uma família. A jornada dela é um lembrete poderoso de que, mesmo em meio à dor, há espaço para a esperança e a busca por novos começos.
Histórias como a de Isabela são essenciais para criar um diálogo sobre temas como a perda gestacional e doenças que afetam a fertilidade. Ao compartilhar sua experiência, ela não apenas faz um tributo ao seu filho Joaquim, mas também inspira outras mulheres a falarem sobre suas lutas e buscar apoio. Que, em meio ao luto e à dor, continuemos a encontrar força e solidariedade nas histórias umas das outras.