Brasil, 12 de maio de 2025
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Feminicídio em Santos: mulher pede ajuda a médico antes de ser morta

A história trágica de Amanda Fernandes destaca a gravidade da violência doméstica em SP.

Amanda Fernandes Carvalho, de 42 anos, relatou a situação aterrorizante que vivia ao médico que a atendia em uma clínica em Santos (SP) momentos antes de ser assassinada pelo marido, o sargento da Polícia Militar Samir Carvalho. Esse caso emblemático não apenas demonstra a urgência de abordarmos a violência contra a mulher, mas também revela aspectos alarmantes sobre a segurança e a proteção das vítimas dentro de ambientes que deveriam ser seguros.

O pedido desesperado por ajuda

Na quarta-feira (7), Amanda, que estava em processo de separação, fez um pedido angustiante a um médico na clínica onde se encontrava: “Meu marido está comigo, está armado, é policial e ele quer me matar”. O apelo foi feito em um momento crítico, logo antes de Samir Carvalho abrir fogo contra a esposa e depois atacar com uma faca, resultando em sua morte brutal.

O crime ocorreu na Avenida Pinheiro Machado, no bairro Marapé. Amanda estava acompanhada de sua filha de 10 anos, que também foi atingida e levada às pressas para a Santa Casa de Santos. O estado de saúde da criança permanece sob sigilo, mas a gravidade da situação envolvendo mães e filhos em situações de violência doméstica é uma preocupação crescente em nossa sociedade.

A dinâmica do crime

De acordo com o relato do médico, Amanda havia se afastado de Samir e buscou ajuda da recepcionista para chamar a polícia. Quando o médico a atendeu, ela estava visivelmente assustada e afligida. Ele tomou precauções, trancando a porta do consultório e colocando cadeiras como barreira, aguardando a chegada da polícia. No entanto, a resposta policial não foi rápida suficiente para evitar o desfecho trágico.

Momentos de terror na clínica

Após um breve contato com os policiais, Samir, que estava do lado de fora, conseguiu entrar na clínica e disparou vários tiros. Em uma sequência aterrorizante, ouviu-se o som das balas e a cena rapidamente se transformou em um cenário de horror. O médico, que se abrigou sob a mesa, descreveu a angustiante experiência de assistir à violência sem poder intervir.

Depois que o sargento foi contido pelos agentes da lei, o médico encontrou Amanda já sem vida, com uma faca cravada no pescoço. O desfecho é devastador e revela a fragilidade da vida de mulheres que enfrentam a violência em casa, muitas vezes sem ter para onde ir ou como se proteger adequadamente.

Investigações e reações ao crime

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que foi instaurado um Inquérito Policial Militar para investigar a atuação dos agentes que estavam presentes no momento do crime. Há uma discussão intensa sobre a conduta dos policiais que, segundo relatos, estavam na clínica durante os disparos, o que levanta questões sobre a eficácia da resposta à emergência e sobre a segurança das vítimas em situações críticas.

Além disso, o advogado de Samir Carvalho já se manifestou, afirmando que irá aguardar a conclusão das investigações antes de se pronunciar mais detalhadamente sobre o caso. A defesa argumenta que a verdade dos fatos deve ser apurada antes de qualquer conclusão precipitada sobre as ações de Samir.

Um chamado à ação

A história de Amanda Fernandes Carvalho é uma trágica lembrança do que muitas mulheres enfrentam diariamente no Brasil. É fundamental que haja uma mobilização social em torno do tema da violência doméstica, denunciando os abusos e exigindo ações eficazes das autoridades para garantir a proteção das vítimas. As instituições precisam assegurar que, em casos de emergência, as mulheres tenham suporte imediato e efetivo.

O feminicídio de Amanda não é um caso isolado e clama por uma resposta mais robusta da sociedade e do estado para proteger as mulheres. Educação, conscientização e recursos adequados são essenciais para que casos como este nunca mais se repitam.

Cabe a todos nós nos unirmos nesta luta, permanecer vigilantes e apoiar as vítimas de violência, garantindo que elas tenham as ferramentas e o apoio necessário para deixar situações de abuso e violência.

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