Brasil, 12 de maio de 2025
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Eduardo Cunha amplia suas atividades em Minas Gerais

Ex-presidente da Câmara busca novas bases políticas através de futebol, rádio e cultos evangélicos em Minas.

Após uma trajetória política marcada por reviravoltas, Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, está se reestruturando no cenário político brasileiro e apostando em Minas Gerais como seu novo reduto. Com planos de se candidatar a deputado federal em 2026, ele tem investido em diversas frentes de atuação no estado, incluindo o patrocínio de um clube de futebol, a aquisição de estações de rádio e participação em eventos religiosos.

A nova estratégia de Eduardo Cunha em Minas

Desde que deixou a liderança na Câmara, Cunha tem buscado criar um novo espaço político longe do Rio de Janeiro, onde enfrentou diversas controvérsias, incluindo a Lava Jato. Em Minas, ele se juntou ao Uberaba Sport Club como patrocinador e assumiu a estação de rádio Agora FM, rebatizando-a de Rádio Maravilha, o mesmo nome de uma emissora que ele inaugurou no Rio em 2024. Essa estratégia é semelhante à sua trajetória inicial, quando ganhou notoriedade como comunicador em uma rádio gospel no Rio.

Cunha e o futebol mineiro

A participação de Cunha no Uberaba Sport Club, um clube que atualmente disputa a segunda divisão do Campeonato Mineiro, é uma das principais apostas do ex-deputado para se inserir no cotidiano dos eleitores mineiros. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Cunha desejou sucesso para o clube, que terá seus jogos transmitidos pela Rádio Maravilha. Esta intersecção entre futebol e política evidencia como Cunha planeja se reconectar com seu público, aproveitando o apelo emocional do esporte.

As emissoras de rádio como ferramenta política

Levantamento do GLOBO revelou que Cunha não se limita apenas a uma rádio em Uberaba, mas já está à frente de cinco estações no interior de Minas, todas ligadas ao seu nome, embora oficialmente em nome de seu genro, Daniel Cardoso Sá. Isso sugere uma construção de um império midiático tendo como base a comunicação local e a conexão com o público evangélico, que historicamente tem inclusão forte na política brasileira.

A inclusão de emissoras como Juventude FM em Além Paraíba e Rádio Carangola expande sua influência na Zona da Mata, uma região estratégica, próxima à divisa com o Rio de Janeiro, onde ele também mantém presença com outras emissoras. Essas aquisições não apenas ampliam sua voz na comunidade, mas também sua capacidade de moldar narrativas e informar seus eleitores.

Apoio religioso e cultos

Além das emissoras de rádio e do futebol, Cunha está se aproximando de líderes religiosos em Minas. Recentemente, participou de cultos do apóstolo Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus, onde teve aparições proeminentes. A religiosidade é outra dimensão fundamental da política brasileira, e Cunha parece estar ciente disso, buscando fortalecer suas conexões com o eleitorado evangélico.

O ex-presidente da Câmara tem se posicionado em eventos importantes, como a Expozebu, uma tradicional feira agropecuária, onde teve visibilidade entre autoridades e chefes de executivo. Essas ações mostram que Cunha está observando e testando o terreno antes de se expor de maneira mais pública, possivelmente com o desejo de recuperar sua influência política que se perdeu após sua cassação em 2016.

Cunha observa o cenário político

Embora Cunha tenha expressado a intenção de não participar das eleições no Rio para evitar competir contra sua filha, a deputada federal Dani Cunha, ele permanece indeciso sobre sua candidatura em Minas ou até mesmo em São Paulo, onde já tentou uma vaga em 2022. Essa ambiguidade deixa espaço para especulações sobre seu retorno à política, especialmente com a crescente pressão de seus aliados e adversários.

Stanislav, um correligionário e senador na região, já se posicionou contra Cunha caso ele decida se candidatar, revelando divisões que podem dificultar sua reintegração ao cenário político. Cunha deve, portanto, agir com cautela enquanto navega por essas águas turbulentas, testando sua popularidade e construção de novas alianças antes das eleições de 2026.

Enquanto isso, sua presença em eventos e instituições locais o ajuda a solidificar sua imagem e a retomar o contato com sua base eleitoral anterior. Um retorno está longe de ser certo, mas seus movimentos recentes sinalizam que Eduardo Cunha ainda não está pronto para se afastar da política brasileira.

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