Brasil, 10 de maio de 2025
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Lula busca parcerias com a Rússia para explorar minerais críticos

O presidente Lula propõe ampliação da pesquisa mineral no Brasil, focando em parcerias com a Rússia para a transição energética.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, neste sábado (10), que quer ampliar a pesquisa e exploração de minerais críticos no Brasil, buscando parcerias com a Rússia para esse projeto. Durante sua visita a Moscou, realizada nos dias 8 e 9 de maio, Lula enfatizou que o país não pode perder nenhuma oportunidade visando a transição energética.

Importância dos minerais críticos

Minerais como lítio, cobalto, níquel e grafite, elementos essenciais para setores estratégicos como tecnologia, defesa e energias renováveis, estão no centro da estratégia de Lula. O presidente destacou a importância da atuação do Ministério de Minas e Energia, que já está em contato com empresas russas na busca por essas parcerias.

“Nós temos a ideia de aumentar nossas pesquisas e exploração dos minerais críticos porque só se fala nisso agora e nós achamos que o Brasil não pode jogar fora nenhuma oportunidade”, afirmou em coletiva de imprensa, ressaltando que apenas 30% do território brasileiro já foi pesquisado.

Lula quer que o Brasil se torne um protagonista na economia global, aproveitando a vastidão e a riqueza mineral do país. “Nós queremos construir parceria com todos os países do mundo que têm expertise, para que a gente possa tirar proveito para que o Brasil se transforme numa grande economia,” complementou.

Cooperação energética com a Rússia

O presidente também mencionou a importância da Rússia como parceiro no setor energético, especialmente em projetos de óleo e gás, bem como em pequenos reatores nucleares, que podem garantir uma matriz energética mais robusta e diversificada. “Nós sabemos da volatilidade da energia nuclear e solar, nem sempre elas produzem a mesma quantidade. E nós precisamos ter muita energia e garantia de que nunca vai faltar,” alertou.

Com o Brasil buscando se consolidar como a sexta ou até a quinta maior economia do mundo, garantir um fornecimento estável de energia é fundamental. O sistema brasileiro de distribuição energética já está quase 100% integrado, o que pode ser aproveitado para integrar novas fontes de energia.

Déficit comercial e parcerias

A visita à Rússia faz parte das celebrações dos 80 anos da vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazista, um evento significativo no país. Durante a conversa com o presidente russo, Vladimir Putin, Lula destacou o déficit comercial de quase US$ 11 bilhões entre Brasil e Rússia, ressaltando a necessidade de fortalecer a balança comercial entre as duas nações. O Brasil importa fertilizantes e óleo diesel da Rússia e exporta principalmente produtos do agronegócio, como soja e carne bovina.

Além disso, foram assinados dois atos relevantes: um sobre cooperação em ciência, tecnologia e inovação, e outro sobre o fortalecimento da pesquisa científica básica e aplicada, áreas que podem contribuir com a capacidade do Brasil em explorar seus recursos minerais.

Reconhecimento e agenda internacional

Durante sua visita, Lula foi homenageado com o título de doutor honoris causa pela Universidade Estatal de São Petersburgo, uma instituição com forte histórico educativo que já formou figuras como Vladimir Lenin e o próprio Putin. “Uma universidade em que estudou Lenin e Putin. E eu vou ser doutor honoris causa,” comemorou.

Após sua passagem pela Rússia, Lula embarcou para Pequim, onde participará de uma cúpula com países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) nos dias 12 e 13 de maio. O presidente também estará presente na missa de posse do papa Leão XIV no dia 18, evento que será representado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, já que Lula se preparará para uma visita à França no início de junho, onde participará da Conferência dos Oceanos da ONU.

A busca por parcerias com a Rússia e a ação em prol da pesquisa mineral destacam uma estratégia do Brasil para inserir-se de maneira mais competitiva na economia global, aproveitando suas riquezas naturais e potencializando suas relações internacionais.

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