A chegada do técnico Fernando Diniz ao Vasco, anunciada ontem pelo clube, pode dar um novo vigor à relação da equipe com a torcida. Após a derrota por 4 a 1 para o Puerto Cabello, na Venezuela, na última terça-feira, pela Copa Sul-Americana, nem mesmo o “cria” da base cruzmaltina, Philippe Coutinho, resistiu às duras críticas. A expectativa é que Diniz traga novas perspectivas para o time, especialmente neste momento delicado da temporada.
Expectativas sobre o time e Philippe Coutinho
Com uma sequência de oito jogos sem vitórias, o Vasco entra em campo hoje, às 18h30, contra o Vitória, no Barradão, precisando urgentemente de pontos para afastar-se da zona do rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Apesar de ser querido por grande parte dos vascaínos, Coutinho se aproxima do final de seu contrato de empréstimo em um cenário desafiador.
Diniz, no entanto, ainda não comandará a equipe à beira do gramado; seu retorno será apenas no seguinte confronto, contra o Lanús, em Buenos Aires, pela Sul-Americana. Assim, a equipe continuará sob a liderança do interino Felipe Loureiro, que deve procurar soluções imediatas para reverter a má fase do time.
A relação entre Coutinho e o novo técnico
Philippe Coutinho, jogador que carrega a maior expectativa entre os torcedores, poderá se beneficiar da chegada de Diniz. Embora tenha marcado cinco gols em 19 jogos nesta temporada, o atleta enfrentou lesões que o impediram de ter uma performance consistente. Ele viveu altos e baixos a cada partida, o que o dividiu entre críticos e apoiadores no clube. O comentarista do Sportv, Rodrigo Coutinho, destacou que a questão física e a escassez de jogos são grandes fatores que influenciam sua presença no Brasil.
Coutinho e as lesões
“Não podemos esquecer que estamos falando de um jogador que, há pelo menos seis anos, não consegue fechar uma temporada com muitos jogos. Foram muitas lesões no joelho, musculares, problemas nas costas”, disse o comentarista. Ele acrescentou que esse histórico de lesões é o que trouxe Coutinho de volta ao Brasil, pois com seu nível técnico, um bom desempenho físico o colocaria em clubes de maior notoriedade internacional.
O sistema de jogo e seu impacto
Outra questão importante é o estilo de jogo do Vasco, que tem distanciado Coutinho do ataque, uma de suas principais características. Na visão do ex-jogador e atual comentarista Graffite, a equipe precisa criar um sistema mais adaptado às qualidades do jogador. “Quando você tem um jogador como Coutinho, tem que ter um sistema de jogo adaptado para ele. Ele não pode buscar a bola longe do gol”, afirmou Graffite.
Além disso, Eric Faria, também comentarista do Sportv, ressaltou que isso é um diferencial em outros clubes cariocas e que Diniz pode explorar essa característica para potencializar o jogo de Coutinho. “Não adianta querer que Coutinho faça marcação pressão, ele não fazia nem quando era mais novo. Ele é um jogador que precisa da bola no pé”, enfatizou Faria, sugerindo que o time deve jogar de forma mais ofensiva e com posse de bola.
Perspectivas para o futuro
Com a chegada de Fernando Diniz, a torcida do Vasco alimenta a esperança de reverter o cenário atual. A expectativa é que um novo modelo de jogo traga não apenas resultados positivos dentro de campo, mas também revitalização na relação entre a equipe e seus torcedores, que têm enfrentado momentos difíceis. Se Diniz conseguir adaptar o time ao estilo de jogo que favorece Coutinho, pode-se vislumbrar um futuro promissor para o clube e para o craque, que luta para recuperar seu melhor desempenho.
Assim, com um novo técnico à frente, o Vasco entra em um capítulo que pode ser crucial para a sobrevivência na Série A e para a recuperação de Philippe Coutinho, tudo sob o olhar atento de uma torcida ávida por vitórias e, acima de tudo, por um futebol que empolgue novamente.