Brasil, 9 de maio de 2025
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Preço do ovo cai, mas café tem alta recorde no Brasil

Após período de alta, o preço do ovo caiu 1,29% em abril, enquanto o café subiu 80,2% em 12 meses, apontam dados do IBGE.

O preço do ovo, um dos alimentos mais consumidos pelos brasileiros, finalmente apresentou uma queda. Depois de uma trajetória de aumento no início do ano, impulsionada por uma combinação de fatores como o crescimento das exportações para os Estados Unidos — onde surtos de gripe aviária impactaram a produção — e um calor atípico em regiões produtoras que resultou em menor produtividade das granjas, o preço do ovo recuou 1,29% em abril. Contudo, essa queda não diminui a alta acumulada de 30% no preço ao longo do ano.

Cenário dos preços dos alimentos no Brasil

Enquanto os consumidores comemoram a diminuição no preço do ovo, outra realidade se impõe: o café. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no acumulado de 12 meses, os preços médios do café em pó saltaram 80,2%. Este é o maior aumento registrado nessa base de comparação, pelo menos, desde dezembro de 2012. O forte impacto nos preços do café se deve a uma combinação de fatores, incluindo a alta demanda interna e as dificuldades relacionadas à produção, que enfrentou desafios climáticos semelhantes aos do ovo.

A inflação em geral, conforme relatado pelo IBGE, mostrou sinais de desaceleração. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,43% em abril, em comparação com 0,56% registrado em março. Essa desaceleração foi impulsionada por aumentos em setores como medicamentos e alimentos. No entanto, a variação nos preços de itens essenciais continua a preocupá-los, uma vez que alimentos essenciais, como arroz, feijão e óleo de soja, tiveram queda de 4,19%, 5,45% e 0,97%, respectivamente.

Outros itens da cesta básica

Além dos ovos e do café, muitos outros alimentos que compõem a cesta básica também apresentaram variações significativas em seus preços. O preço de cortes de carne, como a carne de porco e fígado, também sofreu reduções. De acordo com os dados, a carne de porco caiu 0,64%, o fígado 0,54%, e outros cortes, como costela e alcatra, também apresentam pequenas quedas. Essas diminuições nos preços são um alívio para os consumidores que estão lidando com a alta inflacionária.

Impacto no consumo familiar

É importante destacar que, apesar da queda nos preços de alguns produtos, a alimentação dentro do domicílio ainda apresentou um aumento de 0,82%. Isso mostra que, apesar de alguns itens terem apresentado queda, a pressão inflacionária em outros alimentos continua a impactar o orçamento familiar. A situação é preocupante, especialmente para famílias de baixa renda que dependem de produtos como arroz, feijão e ovos para compor sua alimentação diária.

A queda no preço do ovo é um factor positivo, mas não compensa os aumentos significativos que ocorreram em níveis gerais. Como mostram os dados, a combinação de fatores climáticos e pressões de mercado continua a afetar a precificação de itens essenciais na cesta básica dos brasileiros.

Expectativas futuras para o mercado alimentar

A expectativa é de que os preços dos alimentos continuem a oscilar nos próximos meses. Especialistas em economia recomendam cautela, pois os preços podem ser influenciados por novas variações climáticas ou mudanças na demanda, tanto interna quanto externa. O desafio é equilibrar a necessidade de um mercado saudável com a manutenção da oferta e a acessibilidade dos preços para os consumidores.

Em resumo, enquanto a queda no preço do ovo é vista como um alívio temporário para os consumidores, o aumento vertiginoso dos preços do café demonstra a complexidade do cenário econômico brasileiro. O que se observa é um mercado alimentício em constante adaptação, que reflete não apenas tendências climáticas, mas também a dinâmica do mercado global.

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