Brasil, 9 de maio de 2025
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Inflação recua para 0,43% em abril, aponta IBGE

O índice oficial de inflação, o IPCA, apresentou desaceleração em abril, refletindo aumentos nos preços de alimentos e remédios.

A inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desacelerou em abril, conforme revelado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice registrou uma alta de 0,43%, comparado a um aumento de 0,56% em março. Apesar da queda, o aumento nos preços dos alimentos e dos medicamentos ficou evidente, embora o setor de alimentos tenha mostrado um ritmo de alta mais suave em relação ao mês anterior.

Impacto dos preços dos alimentos e remédios

O resultado de abril ficou próximo ao esperado, com analistas prevendo uma inflação de 0,42% para o mês, conforme indicado em pesquisa do jornal Valor. Segundo o IBGE, essa é a maior alta para meses de abril desde 2023, quando o IPCA aumentou 0,61%. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação atingiu 5,53%, superando a meta do Banco Central, que é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 pontos percentuais para mais ou para menos.

Alimentos e saúde: os grupos em destaque

Os preços dos alimentos subiram 0,82% em abril, o que representou o maior impacto no índice, contribuindo com 0,18 ponto percentual ao resultado total do mês. No entanto, essa alta foi uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando os preços dos alimentos tinham avançado 1,17%. Os itens que mais se destacaram pela alta foram a batata-inglesa (18,29%), o tomate (14,32%) e o café moído (4,48%). Por outro lado, a cenoura (10,40%), o arroz (4,19%) e as frutas (-0,59%) apresentaram quedas.

Os remédios, por sua vez, tiveram um aumento de 2,32%, sendo influenciados por um reajuste autorizado em março. Esse grupo, que incluiu produtos farmacêuticos e itens de higiene pessoal, também teve um impacto significativo na inflação de abril, junto com o setor de saúde e cuidados pessoais, que subiu 1,18%. Além disso, o grupo vestuário registrou variações no preço, com aumento de 1,02%, destacando-se as roupas femininas, que subiram 1,45%.

Despesas pessoais e habitação

No que diz respeito às despesas pessoais, houve uma alta de 0,54%, com os aumentos mais notáveis nos preços do cigarro (2,71%) e dos serviços bancários (0,87%). A habitação, que viu uma desaceleração em suas taxas, teve um aumento de 0,14% em abril, após outro mês de altas variáveis nas contas de energia. A energia elétrica, por exemplo, apresentou uma leve queda de 0,08%, indicando um possível alívio para os consumidores.

Expectativas e tendências futuras

À medida que a taxa Selic chega ao fim de seu ciclo de alta, com uma recente elevação de 0,5 ponto percentual passando a marcar 14,75% ao ano, a expectativa é de que a inflação comece a perder força. O Copom sinalizou que as condições financeiras mais restritivas poderão reduzir a pressão sobre os preços. Contudo, a inflação de serviços, que acumulou um avanço de 6,03% em 12 meses até abril, continua a preocupar analistas e consumidores.

Especialistas indicam que o esfriamento da demanda, potencialmente exacerbado por fatores externos como a guerra comercial, pode resultar em um alívio significativo nas pressões inflacionárias. O aumento das tarifas de importação por parte do governo dos EUA tem gerado incertezas, o que, na visão do Copom, poderia desacelerar a economia e, por consequência, aliviar a inflação no Brasil.

Conforme as informações contidas no recente Boletim Focus do Banco Central, as previsões para o IPCA deste ano se afastam da meta de 3,0%, apontando uma alta esperada de 5,5%. O cenário atual, que inclui uma possível queda nas cotações das commodities devido à desaceleração econômica global, também poderá trazer um alívio para os preços dos alimentos e combustíveis, que têm sido os principais responsáveis pela alta da inflação até agora.

Por fim, os dados mais recentes sobre a inflação revelam que, apesar da desaceleração, a situação econômica ainda exige vigilância e adaptação tanto por parte dos consumidores quanto dos formuladores de políticas.

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