Brasil, 9 de maio de 2025
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Hospital PUC-Campinas enfrenta crise com superlotação no PS

Após recorde de 83 pacientes internados, unidade orienta população a buscar outros serviços de saúde.

No último dia 8 de maio, o Hospital PUC-Campinas, um dos principais centros de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) na região, registrou uma superlotação alarmante em seu Pronto-socorro Adulto. Com uma capacidade de apenas 20 leitos, a unidade chegou a ter 83 pacientes internados, levando à orientação para que a população procure outras instituições de saúde em momentos de urgência.

Problemas enfrentados pelos pacientes

Os relatos de pacientes e familiares são preocupantes. Muitos deles afirmam que estão sendo atendidos em macas nos corredores, aguardando longas horas para receber os cuidados necessários. O motoboy Sílvio Roberto dos Santos é um dos que compartilharam a experiência angustiante vivida na unidade. Sua esposa, Sandra de Jesus da Silva, está em tratamento oncológico e, segundo ele, a superlotação afetou drasticamente a qualidade do atendimento.

“Está tudo lotado. Paciente no corredor, sendo atendido no corredor, porque não tem espaço na sala de emergência”, comentou Sílvio em entrevista à EPTV, afiliada da TV Globo.

Depoimentos de familiares mostram a gravidade da situação

Outras famílias também expressam sua indignação. Bruna Cristina Borges, que tem uma mãe internada, ressaltou que a situação atual está pior do que em meses anteriores. “Ela está sentada, deitada em uma maca no corredor. A demora para atender é de quase 12 horas”, desabafou. Muitas pessoas, incluindo idosos e pacientes oncológicos, encontram-se em uma situação de vulnerabilidade, esperando por assistência médica em um ambiente crítico.

Além das dificuldades para receber atendimento dentro do hospital, pacientes também enfrentam obstáculos para conseguir vaga em outras instituições de saúde. O senhor Ângelo Augusto de Oliveira, que buscou ajuda no Centro de Saúde do Satélite Íris, foi informado de que não conseguiria agendar consulta antes de julho, levando sua família a se preocupar com a evolução das lesões em seu pé, que pioraram ao longo da espera.

Resposta do Hospital PUC-Campinas

Diante das reclamações, o Hospital PUC-Campinas anunciou que Bruna está estável, assim como outros pacientes internados que receberam atenção em meio à superlotação. A administração do hospital enfatizou que, para preservar a qualidade do atendimento, recomenda que pacientes busquem outras unidades de saúde, e orienta que a Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) aguardem a estabilização da situação. Esta estratégia visa evitar um colapso completo no sistema.

A prefeitura, por sua vez, ressaltou que está acompanhando a situação e garantiu que todos os pacientes que necessitam de internação não estão desassistidos, embora a ocupação esteja alta e as reservas de leitos sejam limitadas.

A situação da saúde na cidade de Campinas

A crise enfrentada pelo Hospital PUC-Campinas não é um fenômeno isolado. Muitos outros hospitais em Campinas também estão lidando com um quadro de ocupação que varia entre 95% e 100%, com a gestão informando que a rotatividade de pacientes é constante. O Hospital de Clínicas da Unicamp, por exemplo, registrou uma ocupação de 170% na emergência. Apesar da situação, a prefeitura garantiu que nenhum paciente deixa de ser atendido, enfatizando o sistema de “porta aberta” das unidades.

A Secretaria de Saúde de Campinas está em constante negociação para ampliar a capacidade de atendimento e garantir mais leitos na cidade, especialmente em hospitalizações emergenciais. Este esforço envolveu diálogo com o estado para a implementação do Hospital Metropolitano, um projeto que visa aliviar a pressão sobre as unidades de saúde já existentes.

Enquanto a situação de superlotação persiste, é fundamental que a população esteja ciente das alternativas de atendimento disponíveis e mantenha a comunicação constante com as autoridades de saúde, a fim de buscar soluções imediatas para esta grave crise na saúde pública.

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