Brasil, 9 de maio de 2025
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Eduardo Leite se filia ao PSD e provoca debandada tucana no RS

O governador Eduardo Leite confirmou sua filiação ao PSD, acentuando a crise do PSDB e a saída de prefeitos no Rio Grande do Sul.

Na tarde desta sexta-feira, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, oficializou sua filiação ao PSD. A decisão vem após um encontro decisivo em que Leite solicitou apoio a cerca de 30 prefeitos tucanos de sua base política, incentivando-os a acompanhá-lo na migração para o novo partido. Este movimento não apenas marca uma mudança pessoal para Leite, mas também simboliza o esvaziamento do PSDB gaúcho, um dos últimos bastiões da sigla no Brasil.

A crise no PSDB e a saída em massa

A ida de Eduardo Leite ao PSD representa uma significativa perda para o PSDB, que há tempos luta para manter sua relevância no cenário político nacional. A tendência de debandada começou a se intensificar em outros estados, como em Pernambuco, onde a desfiliação da governadora Raquel Lyra provocou um efeito dominó, resultando na saída em bloco de prefeitos que a seguiram para o PSD.

Hoje, o único governador tucano remanescente é Eduardo Riedel, do Mato Grosso do Sul. Este estado, junto com o Rio Grande do Sul e Pernambuco, concentrava as últimas posições de destaque do PSDB, que, nas últimas eleições, elegeu 35 prefeitos no Rio Grande do Sul, 32 em Pernambuco e 44 no Mato Grosso do Sul. No entanto, o cenário mudou drasticamente: em abril, 30 dos 32 prefeitos tucanos pernambucanos trocaram de partido, evidenciando uma tendência preocupante para a sigla.

Um movimento coletivo em diversos níveis

Flávio Tirello, vice-prefeito de Erechim, antecipou em uma entrevista que, caso Eduardo Leite decidisse trocar de partido, todos os tucanos seguiriam seu exemplo. Tirello destacou a importância da união no movimento e mencionou uma brincadeira local sobre o presidente municipal do PSDB que ficaria apenas para “apagar a luz e fechar a porta” do partido.

Pressão interna e promessas não cumpridas

Leite, que há algum tempo resistia a oficializar sua saída do PSDB, aguardava uma posição clara da direção nacional do partido. O presidente da sigla, Marconi Perillo, chegou a propor uma possível candidatura à Presidência da República como forma de segurá-lo. No entanto, a proposta não foi suficiente para convencê-lo, especialmente com a perda de relevância do PSDB no cenário político atual.

Planos futuros de Leite no PSD

Apesar de manter um discurso público de que ainda tem um projeto presidencial, nos bastidores, a tendência é que Leite concorra ao Senado em 2026. O governador gaúcho, que participou das prévias tucanas para a Presidência em 2021, está em busca de protagonismo nacional. Entretanto, o PSD já está trabalhando com outras lideranças para o Palácio do Planalto, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o paranaense Ratinho Júnior.

Apoio de líderes estaduais

Recentemente, Ratinho Júnior esteve no Rio Grande do Sul e conversou com Leite, sinalizando que o governador gaúcho não se opõe a não encabeçar a chapa. Leite se mostrou disponível para colaborar com o projeto nacional do PSD, deixando claro que sua transição para o novo partido pode ser integrada em um movimento maior dentro da sigla.

A movimentação de Eduardo Leite e a provável debandada de tucanos no Rio Grande do Sul representam um momento crítico para o PSDB, que enfrenta um processo de esvaziamento e reestruturação em meio às novas dinâmicas políticas brasileiras. A confirmada filiação ao PSD é um sinal claro da mudança de cenário e do futuro incerto da antiga sigla que já foi uma das mais poderosas do Brasil.

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