Brasil, 13 de maio de 2025
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Rendimento médio dos brasileiros atinge R$ 3.057 em 2024

O rendimento médio real dos brasileiros em 2024 chega ao maior valor desde 2012, refletindo crescimento no trabalho e em programas sociais.

O rendimento médio real dos brasileiros chegou a R$ 3.057 em 2024, o maior valor registrado desde 2012. Esses rendimentos vêm do trabalho, de programas sociais, aposentadoria, pensões ou outras fontes, como alugueis, aplicações financeiras e bolsas de estudo. O valor superou o recorde anterior, quando a média dos rendimentos era R$ 2.974, representando um aumento tanto em relação ao ano passado quanto a 2019, antes da pandemia.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (8), revelou que o rendimento médio real aumentou 2,9% em relação a 2023, quando foi de R$ 2.971, e 3,3% em relação aos R$ 2.948 registrados em 2019. A pesquisa consiste na investigação periódica de informações sobre todos os rendimentos provenientes de atividades trabalhistas e de outras fontes de renda de pessoas residentes no Brasil.

Participação da população com rendimentos

Além do aumento do rendimento médio real, o Brasil também observou um crescimento na parcela da população que possui algum tipo de rendimento. Segundo a Pnad, em 2024, 66,1% da população brasileira, ou seja, 143,4 milhões de pessoas, tinham algum rendimento. Em 2023, esse percentual era de 64,9%

Gustavo Fontes, analista do IBGE, destacou que o aumento do rendimento médio no Brasil foi impulsionado principalmente pela atividade laboral.

“Apesar de programas sociais do governo importantes terem também contribuído para esse crescimento, o rendimento do trabalho em 2024 foi bastante significativo”, afirmou.

A pesquisa também apresentou o rendimento mensal real domiciliar per capita, que em 2024 alcançou R$ 2.020, marcando um aumento de 4,7% em relação a 2023. Desde 2012, esse valor subiu 19,1%, quando o rendimento era de R$ 1.696. Os rendimentos do trabalho representam 74,9% do total, enquanto outras fontes de rendimento contribuem com 25,1%.

Fontes de rendimento

Em 2024, houve um aumento tanto no valor do rendimento proveniente do trabalho quanto no número de pessoas empregadas. Segundo a Pnad, 47% da população, equivalente a 101,9 milhões de pessoas, possuíam rendimentos frequentes provenientes do trabalho, a maior taxa da série histórica. O valor médio recebido no trabalho também atingiu um recorde, chegando a R$ 3.225, superando a marca anterior de R$ 3.160, registrada em 2020.

Além disso, a pesquisa ainda revelou outras fontes de rendimento:

  • 13,5% da população recebe aposentadoria e pensão, com um rendimento médio de R$ 2.520;
  • 9,2% recebem de programas sociais, com uma média de R$ 771;
  • 2,2% têm pensão alimentícia, doação e mesadas, com média de R$ 836;
  • 1,8% recebem de aluguel e arrendamento, com uma média de R$ 2.159;
  • 1,6% têm outros rendimentos, com média de R$ 2.135.

A categoria de “outros rendimentos”, embora represente a menor proporção, apresentou o maior aumento em relação a 2023, com crescimento de 12%. Esse grupo inclui, por exemplo, seguro-desemprego, rentabilidade de aplicações financeiras e bolsas de estudo.

Recorde de massa de rendimento

Todos os rendimentos mencionados resultaram em uma massa de rendimento mensal real domiciliar per capita de R$ 438,3 bilhões em 2024, o maior valor desde 2012. Isso representa um aumento de 5,4% em relação a 2023. Da massa total, R$ 328,6 bilhões são atribuídos aos rendimentos do trabalho. Fontes destacou que a recuperação da massa de rendimento está atrelada ao aumento do rendimento médio do trabalho e à população engajada no mercado.

A Pnad constatou também que o rendimento domiciliar per capita aumentou em todas as regiões do Brasil, com destaque para o Nordeste e Sul, que registraram aumentos de 11,1% e 11,9% respectivamente, enquanto o Sudeste teve crescimento de 2,3%.

Disparidades regionais

A Região Sudeste se destacou com a maior massa de rendimento do Brasil, somando R$ 217,4 bilhões, o que representa quase metade da massa total. As regiões Sul e Nordeste juntas representam um pouco mais de um terço, com R$ 77,3 bilhões e R$ 76,9 bilhões, respectivamente. Por outro lado, as regiões Centro-Oeste e Norte detêm a menor parte, com R$ 40 bilhões e R$ 26,7 bilhões, correspondendo a 9,1% e 6,1% da massa total.

Em síntese, o ano de 2024 se revela promissor em termos de rendimento médio no Brasil, refletindo uma tendência de recuperação e crescimento, impulsionada principalmente pela dinâmica do mercado de trabalho e pelos avanços em programas sociais.

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