Nesta quarta-feira (7), teve início o conclave no Vaticano, uma assembleia secreta responsável por eleger o próximo líder da Igreja Católica. Na primeira rodada de votação, a tradicional fumaça preta saiu da chaminé da Capela Sistina, sinalizando que ainda não foi escolhido um novo pontífice. O processo conta com a participação de 133 cardeais abaixo dos 80 anos, e a expectativa é de que a decisão seja anunciada nos próximos dois ou três dias, com uma lista que inclui tanto conservadores quanto reformistas alinhados às ideias do Papa Francisco.
O conclave e a modernidade das redes sociais
Enquanto o mundo aguarda o desfecho do conclave, alguns dos principais candidatos a papa se destacam nas redes sociais, especialmente no Instagram. A presença digital é um indicativo de como esses líderes religiosos se comunicam com os jovens e se adaptam à era moderna. Abaixo, apresentamos o perfil digital de sete dos 17 favoritos ao trono papal:
Os perfis dos favoritos a papa
Robert Sarah (Guiné) – 16,7 mil seguidores
Um dos nomes mais proeminentes do conservadorismo católico, Robert Sarah já publicou 341 vezes no Instagram e segue 47 perfis. Sua presença online reflete suas crenças tradicionais e a busca por uma Igreja mais próxima dos ensinamentos clássicos.
Jean-Marc Aveline (França) – 223 seguidores
Jean-Marc Aveline é conhecido por seu estilo descontraído e sua aproximação com as ideias de Francisco. Curiosamente, ele não possui nenhuma publicação até o momento, mas segue 392 contas, indicando uma busca por compartilhar ou se informar sobre a vida da Igreja.
Fridolin Ambongo (República Democrática do Congo) – 520 seguidores
O Arcebispo de Kinshasa, Fridolin Ambongo, utiliza o Instagram para compartilhar seu trabalho pastoral. Com 145 postagens, ele mostra como a fé e a comunidade caminham juntas em sua vida cotidiana.
Mario Grech (Malta) – 885 seguidores
Inicialmente visto como conservador, Mario Grech entrou na onda das reformas de Francisco. Com cinco publicações inspiradoras, seu Instagram transmite uma mensagem de renovação e esperança para a juventude católica.
Joseph Tobin (EUA) – 2.129 seguidores
Se eleito, Joseph Tobin se tornaria o primeiro papa norte-americano. Seu perfil é uma vitrine de celebrações e mensagens aos fiéis, acumulando 268 postagens que refletem sua visão da Igreja e do mundo.
Matteo Maria Zuppi (Itália) – 4.622 seguidores
Conhecido como o “Bergoglio italiano”, Matteo Maria Zuppi utiliza o Instagram para mostrar seu trabalho pastoral e suas atividades pessoais, como pedaladas, em um esforço para humanizar a figura do religioso. Sua popularidade nas redes é um reflexo de suas atitudes acessíveis e acolhedoras.
Peter Turkson (Gana) – 657 seguidores
Peter Turkson, que poderia ser o primeiro papa da África Subsaariana, tem um perfil no Instagram com apenas três postagens, todas de 2017. Esse número reduzido pode levantar questões sobre como ele se conecta com seus seguidores ou se utiliza outras formas de comunicação.
A importância das redes sociais na Igreja
A presença dos cardeais nas redes sociais é mais do que uma simples questão de quantidade de seguidores; é uma estratégia para se conectar com um público cada vez mais jovem e engajado. A modernização da comunicação faz parte de um esforço maior da Igreja Católica para se revitalizar e permanecer relevante em um mundo em constante mudança. As postagens destes cardeais oferecem um vislumbre de suas personalidades e de como eles pretendem liderar e inspirar a nova geração de católicos.
A expectativa quanto ao resultado do conclave é alta, e as redes sociais serão, sem dúvida, uma ferramenta crucial para o próximo papa se comunicar e mobilizar os fiéis. Com a combinação de tradições antigas e novas abordagens digitais, a Igreja Católica continua a buscar formas de se manter conectada em um mundo globalizado.