Brasil, 10 de maio de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Ministro da CGU rebate críticas de Rui Costa sobre fraudes no INSS

Vinicius Carvalho explica a atuação da Controladoria-Geral da União no combate a fraudes e destaca parcerias com a Polícia Federal.

No cenário político brasileiro, as tensionadas relações entre membros do governo frequentemente geram debates acalorados sobre responsabilidades e ações executivas. Em resposta às críticas do chefe da Casa Civil, Rui Costa, sobre a atuação da Controladoria-Geral da União (CGU) no enfrentamento de fraudes do INSS, o ministro Vinicius Carvalho fez importantes esclarecimentos nesta quinta-feira. A discussão revela não apenas os desafios no combate à corrupção, mas também a dinâmica entre os órgãos competentes no Brasil.

A crítica de Rui Costa e a resposta da CGU

Durante uma entrevista ao jornal O GLOBO, Rui Costa expressou sua frustração com o que considerou como uma falha da CGU em alertar prontamente sobre as fraudes no INSS. Segundo Costa, o governo perdeu uma oportunidade crucial de agir rapidamente, o que poderia ter mitigado os efeitos das fraudes que remontam ao governo anterior. Ao afirmar que o papel da CGU deveria ser preventivo, Costa cobrou uma postura mais incisiva da Controladoria.

Por sua vez, o ministro Vinicius Carvalho não se esquivou das críticas e defendeu a atuação da CGU. Em resposta, destacou que a parceria entre a CGU e a Polícia Federal (PF) é constante e produtiva, com a realização de 70 operações conjuntas entre os dois órgãos apenas nos anos de 2024 e 2025. Carvalho enfatizou que a agenda de repressão às fraudes é complementar à agenda de prevenção, e que ações repressivas não são contrárias ao trabalho de prevenção.

Atuação conjunta entre CGU e PF no combate às fraudes

Em suas declarações, Carvalho destacou que, em muitos casos, prevenir significa agir de forma repressiva para identificar e interromper atividades criminosas. “Muitas vezes a atividade de prevenção vira repressão”, afirmou. Ele reforçou que, ao identificar um crime sendo cometido contra aposentados brasileiros, é natural que a CGU atue em conjunto com a Polícia Federal.

Além disso, o ministro revelou que, entre 2023 e 2024, a CGU emitiu quase 4 mil recomendações a diversos órgãos do governo federal. Essas orientações visam aprimorar as práticas de governança e controle, evidenciando o comprometimento da CGU em prevenir irregularidades e proteger os interesses da população.

Desvios e as consequências políticas

Na mesma entrevista, Rui Costa abordou a falta de comunicação sobre a gravidade dos desvios de recursos que implicavam o Ministério da Previdência, sendo na época sob o comando de Carlos Lupi. Para Costa, a falta de alerta da CGU prejudicou a resposta imediata do governo e permitiu que as fraudes se estabelecessem. A implicação dessa situação acabou resultando na queda da cúpula do INSS e na saída de Lupi do governo, gerando um abalo na aliança política com o PDT, partido do ex-ministro.

O papel da Controladoria-Geral da União

Carvalho sublinhou que a função da CGU é essencialmente preventiva e deve focar na identificação e correção de falhas antes que crimes ocorram. Ele argumentou que a Polícia Federal tem seu próprio papel, que é o de investigar e apurar atos ilícitos, afirmando que esta função deve ser respeitada. “Ao fim e ao cabo, nós deixamos passar dois anos, período no qual mais pessoas foram lesadas, para poder corrigir o problema?”, questionou Carvalho, ressaltando a necessidade de uma abordagem proativa.

O desenrolar dessa controvérsia evidencia as tensões existentes dentro do governo e ressalta a importância de uma comunicação eficaz entre os órgãos públicos. À medida que as investigações continuam, a população e os envolvidos aguardam as consequências das ações e decisões que estão sendo tomadas para combater as fraudes que comprometem a credibilidade do sistema previdenciário brasileiro.

A luta contra a corrupção e a proteção das finanças públicas são prioridades que exigem não apenas ações corretivas, mas, principalmente, uma estratégia de prevenção eficaz, que evite que novos escândalos venham à tona e que garantam a integridade dos recursos destinados aos cidadãos.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes