Brasil, 8 de maio de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Expectativa de alta no IPCA de abril, mas desaceleração diante de março

O IPCA de abril deve registrar uma alta entre 0,38% e 0,44%, segundo projeções, com queda nos combustíveis e passagens aéreas impactando na inflação.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril será divulgado nesta quinta-feira pelo IBGE e as expectativas giram em torno de uma alta moderada, entre 0,38% e 0,44%. Essa desaceleração se dá em comparação ao mês anterior, março, que apresentou um aumento de 0,56%. De acordo com especialistas, a redução no preço dos combustíveis e das passagens aéreas são os principais responsáveis pela expectativa de inflação mais amena.

Diretrizes do mercado e projeções

A economista Claudia Moreno, do C6 Bank, prevê um avanço de 0,40% no IPCA, resultando em um acumulado de 12 meses que chega a 5,5%. Claudia destaca que a alimentação no domicílio deve sofrer um aumento próximo a 1%, especialmente nos produtos in natura, como frutas e hortaliças, que seguem numa trajetória de alta contínua. Ela ressalta que este componente é um dos principais focos de pressão sobre a inflação, contribuindo para que o índice permaneça em patamares elevados.

Igor Cadilhac, economista do PicPay, compartilha uma visão semelhante, embora com uma expectativa um pouco mais otimista. Ele observa que, apesar do cenário ainda desafiador para a inflação de alimentos, haverá algum alívio. Lembrando que em março, a alimentação em domicílio apresentou uma alta de 1,31%, Cadilhac projeta um aumento de 0,42% no IPCA para abril, elevando a inflação acumulada de 5,48% para 5,52%.

Impacto de combustíveis e alimentação

A Monte Bravo, outra instituição financeira, traça uma projeção de 0,44% para o IPCA de abril. De acordo com sua análise, a redução da pressão nos preços da alimentação deve contribuir para um alívio do índice, juntamente com a deflação observada em commodities como gasolina, etanol e passagens aéreas. No entanto, a Monte Bravo emite um alerta sobre a manutenção de pressões nos preços de bens industriais e medicamentos, bem como a inflação persistente nos núcleos.

Além disso, a LCA projeta um avanço de 0,41%, resultando numa variação de 5,51% em 12 meses, enquanto o FGV Ibre antecipa uma alta um pouco mais modesta, de 0,38%. Há uma expectativa no mercado de que, com a desaceleração dos preços no setor de alimentação fora do domicílio, esteja na iminência de conter as pressões sobre o núcleo de serviços.

Expectativas para o núcleo de serviços

Conforme a Monte Bravo, o núcleo de serviços deve registrar um aumento de apenas 0,50% em abril, abaixo dos 0,65% observados em março. Por outro lado, o C6 Bank indica que a inflação subjacente de serviços ainda encontrará resistência, com uma variação estimada em 0,51% neste mês.

O cenário inflacionário atual revela um movimento de alta nas expectativas, mas com uma nuance de desaceleração. A redução nos preços de combustíveis e passagens aéreas são fatores cruciais na análise da inflação, com destaque para a pressão contínua em alimentos e bens industriais que podem impactar o resultado final do IPCA.

À medida que o IPCA de abril se aproxima, segue a expectativa dos economistas e analistas do mercado em relação às políticas monetárias futuras e como elas podem responder a essa realidade inflacionária fluida.

O monitoramento dos índices de preços e suas nuances será essencial para entender as dinâmicas econômicas que moldarão as decisões financeiras e estratégias a serem implementadas nos próximos meses.

Os dados sobre a inflação de abril, que serão divulgados pelo IBGE, são aguardados com expectativa pelo mercado e pela população, uma vez que refletem diretamente no poder de compra do cidadão e nas políticas monetárias implementadas pelo Banco Central.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes