Brasil, 10 de maio de 2025
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STF nega afastamento do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues

Decisão de Gilmar Mendes mantém Ednaldo Rodrigues na presidência da CBF e determina apuração de suspeitas de fraude.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido de afastamento do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, em uma decisão proferida nesta quarta-feira (7/5). O magistrado afirmou que a solicitação, feita dentro do contexto de uma ação que tramita no STF, é “manifestamente incabível”.

Decisão e suas implicações

A decisão do ministro deixou claro que, em sua análise, não há base suficiente para reconsiderar os termos de uma decisão cautelar anterior. Mendes destacou que essa decisão já esgotou seus efeitos e que a falta de fundamentos jurídicos e fáticos que sustentavam a medida impossibilita qualquer reconsideração, levando o caso a uma nova análise.

Embora tenha negado o afastamento de Ednaldo Rodrigues, Gilmar Mendes não deixou de determinar que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) tome providências em relação a alegações de que uma das assinaturas de um acordo homologado teria sido falsificada. O foco está na apuração da capacidade cognitiva e da autenticidade da assinatura de Antonio Carlos Nunes de Lima, conhecido como coronel Nunes.

Ação direta de inconstitucionalidade

Essa determinação está relacionada à Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7580, onde a urgência e a necessidade de investigar tais alegações foram enfatizadas. O TJRJ deverá apurar possíveis vícios que possam ter comprometido a validade do acordo estabelecido entre a CBF e seus dirigentes, assim como com a Federação Mineira de Futebol (FMF).

Pedido do vice da CBF

Neste mesmo dia, o vice-presidente da CBF, Fernando Sarney, ingressou com um pedido semelhante no STF, solicitando a suspensão do acordo que assegurou a permanência de Rodrigues no cargo. Sarney alegou que houveram omissões quanto a possíveis ilegalidades vinculadas à assinatura de Nunes.

No pedido, o vice-presidente destacou que “possíveis ilegalidades foram omitidas dele quando da celebração do acordo ora impugnado”, garantindo que deseja a revogação do documento e das decisões a ele relacionadas. O peemedebista solicitou ainda que o Supremo suspendesse os efeitos do acordo, apontando uma suposta simulação de negócio jurídico.

Reação da CBF

Em resposta às acusações, a CBF emitiu uma nota reafirmando seu compromisso com a transparência e a legalidade. A entidade expressou que ainda não teve acesso ao laudo pericial que trouxe à tona as suspeitas sobre a assinatura, enfatizando que o acordo foi dentro dos parâmetros legais.

A CBF também criticou a forma como as informações foram veiculadas pela imprensa, indicando que essa abordagem pode estar servindo a interesses que não são republicanos. Em sua defesa, a confederação defendeu a legitimidade de todas as suas ações e reiterou que confia na Justiça do Brasil para esclarecer as dúvidas levantadas.

Nota completa da CBF

Em sua nota, a CBF destacou:
“A Confederação Brasileira de Futebol reitera seu compromisso com a transparência, a legalidade e a boa-fé em todas as suas ações e decisões institucionais. Diante das recentes notícias veiculadas na imprensa sobre suposto vício de vontade em assinatura constante do acordo homologado pelo STF, que reconheceu a legitimidade da eleição do presidente Ednaldo Rodrigues, a CBF esclarece que ainda não teve acesso formal ao referido laudo pericial.”

A nota completa argumenta que não houve ilegalidade no processo de formalização do acordo e que a entidade respeita os princípios de boa gestão e compromisso com o futebol brasileiro.

Conclusão

A recente decisão do STF e os desdobramentos envolvendo a CBF refletem a complexidade da governança no futebol brasileiro. Com um cenário repleto de controvérsias, a continuidade de Ednaldo Rodrigues na presidência da CBF permanece, por enquanto, assegurada enquanto as investigações em curso buscarão elucidar as alegações de fraude e vícios no acordo celebrado.

A situação em torno da CBF poderá ter repercussões significativas não apenas para a entidade, mas também para o próprio futebol no Brasil, à medida que se explora como a transparência e a legalidade serão mantidas na gestão da confederação. A CBF permanecerá vigilante em sua defesa para assegurar a integridade de suas operações e a confiança do público.

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