O Bradesco, um dos principais bancos do Brasil, anunciou um lucro líquido recorrente de R$ 5,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025, marcando um expressivo avanço de 39,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Este resultado é um reflexo do crescimento robusto nas receitas, que totalizaram R$ 32,3 bilhões, apresentando um aumento de 15,3% em comparação anual. O retorno sobre o patrimônio líquido também se destacou, encerrando o trimestre em 14,4%, indicadores que reforçam a saúde financeira da instituição.
Crescimento das receitas e margem líquida
A melhora na rentabilidade do Bradesco tem sido impulsionada, principalmente, pelo aumento das receitas, conforme indicado em um comunicado ao mercado nesta quarta-feira, 7 de maio. A eficiência nas captações e um mix mais qualificado na produção de crédito contribuíram para o avanço da margem líquida da instituição.
Marcelo Noronha, CEO do Bradesco, destacou em recente declaração que “no primeiro trimestre do ano, o crescimento das receitas foi a principal razão da melhora da nossa rentabilidade e esse deve ser o padrão este ano. Avançaremos, mantendo a boa qualidade das novas safras de crédito, fazendo créditos principalmente com garantias.”
Expansão da carteira de crédito
Outro dado significativo é que a carteira de crédito expandida do Bradesco ultrapassou a marca de R$ 1 trilhão, apresentando um crescimento robusto de 12,9% em relação ao início de 2024. O segmento de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) foi o grande destaque, com um impressionante aumento de 29,6% nas operações.
A estratégia do Bradesco tem sido cautelosa, buscando reduzir o apetite ao risco, mas sem abrir mão de boas oportunidades de mercado. A margem financeira do banco alcançou R$ 17,2 bilhões no trimestre, representando uma alta de 13,7% no ano.
Impactos da economia e expectativas para 2025
O contexto econômico atual, marcado pela elevação da taxa Selic para 14,75% — o maior nível em quase duas décadas — tem gerado inquietações para investidores. Com a alta da Selic, muitos questionam sobre o impacto em diferentes tipos de investimentos, como Tesouro, CDB ou poupança. O Bradesco, no entanto, continua a crescer, mesmo diante dos desafios do mercado.
As despesas operacionais do banco aumentaram 12,3% em comparação com o ano anterior, mas o custo de crédito permaneceu estável em 3,0%. Notavelmente, a inadimplência diminuiu para 4,1%, uma queda de 0,9 ponto percentual no ano, refletindo uma gestão mais eficiente na concessão de crédito.
A instituição manteve suas orientações financeiras para 2025, prevendo um crescimento da carteira de crédito expandida entre 4% e 8%. A Margem Financeira Líquida deve variar entre R$ 37 bilhões e R$ 41 bilhões, com receitas de prestação de serviços projetadas para um crescimento similar, e despesas operacionais entre 5% e 9%.
Perspectivas futuras
A expectativa é que o crescimento das receitas continue sendo o motor principal da rentabilidade do Bradesco ao longo de 2025. Este cenário revela a solidez financeira do banco e sua capacidade de se adaptar às mudanças do mercado, garantindo resultados positivos mesmo em tempos desafiadores.
Em suma, os resultados do Bradesco para o primeiro trimestre de 2025 mostram um banco em crescimento, com uma boa gestão do risco e uma sólida expansão em sua operação de crédito, o que é um indicativo positivo tanto para os investidores quanto para os clientes em busca de robustez no sistema financeiro nacional.