Brasil, 4 de outubro de 2025
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Ford aumenta preços de veículos nos EUA devido a tarifas

A Ford anunciou aumento de preços em três modelos de veículos devido a tarifas elevadas, afetando o mercado norte-americano.

A Ford Motor Company anunciou um aumento significativo nos preços de três de seus veículos produzidos no México, que se tornará efetivo a partir de 2 de maio. Esta medida reflete não apenas as práticas usuais de reajuste de preços no setor, mas também o impacto das tarifas impostas por Donald Trump durante sua administração. Os modelos afetados incluem o Mustang Mach-E, a picape Maverick e o Bronco Sport, que têm suas vendas no mercado norte-americano diretamente influenciadas por essas mudanças.

Aumento de preços e impacto nos consumidores

De acordo com a agência Reuters, o ajuste nos preços pode chegar a até US$ 2 mil por veículo, uma decisão que afetará os modelos a serem produzidos após a data de implementação. As concessionárias americanas devem começar a receber esses veículos reprecificados até o final de junho. Esta mudança representa um dos primeiros movimentos das montadoras para lidar com as incertezas criadas pelo clima de guerra comercial entre os Estados Unidos e outros países, que está resultando em custos crescentes para as fabricantes.

Além da Ford, a General Motors (GM) também anunciou um aumento de custos que deve variar entre US$ 4 bilhões e US$ 5 bilhões em decorrência das tarifas. Isso ocorre em um momento em que ambas as montadoras tentam encontrar maneiras de compensar esses aumentos, com a GM esperando amortecer ao menos 30% desse impacto. A situação tem gerado grandes incertezas no setor automotivo, forçando montadoras a reconsiderar previsões de vendas e possibilidades de produção.

Consequências das tarifas para a indústria automobilística

Um porta-voz da Ford afirmou que o reajuste de preços é uma prática comum durante o meio do ano, mas ressaltou que a empresa não repassou integralmente os custos das tarifas aos consumidores. Apesar desse aumento, a Ford também está oferecendo programas de desconto em diversos modelos até 4 de julho, buscando mitigar a insatisfação dos clientes.

A empresa projeta que o ambiente de tarifas pode resultar em custos adicionais de aproximadamente US$ 2,5 bilhões até 2025, embora busque reduzir esse impacto em cerca de US$ 1 bilhão. A previsão é de que, caso as tarifas permaneçam, as vendas de automóveis nos EUA possam cair em mais de 1 milhão de unidades anualmente, um cenário preocupante tanto para a Ford quanto para a GM.

Como a Ford se posiciona no mercado?

Apesar dos desafios, a Ford se destaca por sua posição de produção, já que 79% de seus veículos vendidos nos EUA são montados em território americano. Em comparação, a GM monta apenas 53% de seus veículos nos EUA. No entanto, a Ford importa do México modelos populares, como a Maverick, que é um dos seus veículos mais acessíveis no norte-americano.

Além disso, tanto a Ford quanto a GM enfrentam custos elevados devido a tarifas relacionadas a importações de veículos da China e Coreia do Sul. A GM estimou que os custos de importações sul-coreanas podem atingir cerca de US$ 2 bilhões, enquanto a Ford optou por não divulgar os números referentes aos veículos chineses. Essas tarifas complicam ainda mais o cenário para os consumidores, que podem ver os preços de veículos em alta devido aos custos adicionais.

O panorama do setor automobilístico

Conforme a situação se desenrola, as tarifas andam lado a lado com a incerteza que afeta não apenas os fabricantes, mas também os consumidores. O aumento dos preços dos veículos é um reflexo das condições econômicas prevalecentes e das decisões governamentais que impactam a produção e a venda de automóveis. Para a Ford, e para o mercado em geral, a capacidade de se adaptar a essas mudanças será crucial para sua sustentabilidade e para a satisfação do consumidor.

Ainda assim, analistas da indústria permanecem atentos aos desdobramentos das pressões comerciais e aos impactos que estas terão sobre as vendas e operações das montadoras. Com os constantes ajustes nos preços e dados econômicos em mudança, o futuro da indústria automobilística pode ser mais desafiador do que nunca.

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