Brasil, 7 de maio de 2025
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🌍Islândia lidera ranking de IDH 2023 com desempenho exemplar, aponta ONU

Relatório da ONU aponta a Islândia como o país com maior IDH do mundo em 2023; Brasil sobe mas desigualdade ainda compromete avanço real.
Foto: Divulgação

A Islândia alcançou o topo do ranking global do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2023, segundo relatório divulgado nesta terça-feira (6) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Com índice de 0,972 ponto — o mais alto do mundo — o país superou Noruega e Suíça, líderes nas edições anteriores.

Esse desempenho excepcional se deve, entre outros fatores, à expectativa de vida de 82,7 anos, uma média de 13,9 anos de escolaridade efetiva e uma renda anual per capita de US$ 69,1 mil (cerca de R$ 393 mil). O IDH mede o bem-estar social com base em saúde, educação e renda, sendo o valor 1,0 o ideal.

Ranking mostra estabilidade no topo e avanço modesto do Brasil

Logo após a Islândia, aparecem Noruega e Suíça empatadas com 0,970 ponto. A Noruega, que liderava o ranking anteriormente, perdeu a posição apesar da segunda maior renda per capita do mundo (US$ 112,7 mil). Já a Suíça caiu uma posição.

Na sequência, Dinamarca (0,962), Alemanha (0,959), Suécia (0,959), Austrália, Hong Kong e Holanda compõem o top 10. O relatório destaca que, nesses países, o alto IDH é sustentado por políticas públicas robustas e sociedades com menor desigualdade social.

O Brasil, por sua vez, subiu da 89ª para a 84ª posição, atingindo um índice de 0,786 — patamar classificado como alto desenvolvimento humano. O avanço reflete uma atualização nos dados de renda per capita, revisados pelo Banco Mundial, mas ainda está longe dos padrões dos países líderes.

Desigualdade freia avanço do Brasil no ranking do IDH

Apesar da melhoria no ranking bruto, o desempenho brasileiro continua severamente impactado pelas desigualdades internas. Ao ajustar o IDH para refletir essas desigualdades (IDH-D), o Brasil perde 24% da sua pontuação e cai 21 posições no ranking, ficando entre os três piores desempenhos dentro do grupo de alto desenvolvimento humano — atrás apenas de Botsuana e África do Sul.

Esse abismo social é evidenciado pelo dado de que o 1% mais rico da população brasileira detém 21,1% da renda nacional. Em contraste, na Islândia, esse número é de apenas 8%.

Crescimento global do IDH desacelera

O relatório de 2023 do Pnud também alerta para uma estagnação preocupante no avanço global do desenvolvimento humano. Fora os anos críticos da pandemia, 2023 registrou o menor crescimento do IDH em 35 anos. A média mundial ficou em 0,756, o que evidencia uma desaceleração “sem precedentes”, segundo o próprio Pnud.

Mesmo os Estados Unidos, com alta renda média (US$ 73,6 mil) e uma expectativa de vida de 79,3 anos, avançaram apenas uma posição, da 18ª para a 17ª colocação, dividindo o posto com Liechtenstein e Nova Zelândia.

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