Brasil, 1 de maio de 2025
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Juros do cartão de crédito rotativo sobem e chegam a 445% ao ano, aponta Banco Central

Apesar de novo teto imposto pelo governo, taxas continuam em patamar elevado; cheque especial recua e crédito consignado sobe levemente.
Foto: Divulgação BC

Os juros médios cobrados pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo registraram alta de 2,5 pontos percentuais em março, alcançando impressionantes 445% ao ano. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Banco Central, por meio do relatório de Estatísticas Monetárias e de Crédito.

O aumento ocorre mesmo após a implementação de um novo limite para o crédito rotativo. Em dezembro de 2023, o Conselho Monetário Nacional (CMN) determinou que, a partir de 3 de janeiro de 2024, o total de juros cobrados nas operações não pode ultrapassar 100% do valor original da dívida. A medida buscava frear o avanço das dívidas impagáveis, mas, até o momento, ainda não se refletiu integralmente nas taxas praticadas pelos bancos.

O crédito rotativo é acionado quando o cliente não paga o valor total da fatura do cartão até o vencimento. Após 30 dias, o banco é obrigado a oferecer o parcelamento da dívida ou apresentar condições mais vantajosas para quitação.

Já a taxa de juros do parcelamento do cartão de crédito permaneceu estável em 181,1% ao ano. Com isso, a taxa total do crédito no cartão teve leve alta, passando de 84,1% para 85,8% ao ano em março.

Enquanto isso, o cheque especial, segunda linha de crédito mais cara do mercado, teve uma queda significativa de 8 pontos percentuais. A taxa média cobrada recuou para 134,2% ao ano, ante os 142,2% registrados no mês anterior.

Em contrapartida, o crédito consignado — que oferece desconto direto na folha de pagamento — teve leve aumento de 0,5 ponto percentual, chegando a 26% ao ano. Apesar da alta, esta modalidade continua sendo uma das opções mais acessíveis de crédito no país.

O relatório do Banco Central evidencia a persistência de juros elevados em modalidades de crédito voltadas principalmente ao consumo, o que acende um alerta para o risco de endividamento das famílias brasileiras.

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