O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, visitou o ex-presidente Jair Bolsonaro na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital DF Star, em Brasília, nesta terça-feira (22). A visita ocorreu apesar da recomendação médica de que o paciente não recebesse visitas, conforme boletim divulgado na segunda-feira.
Valdemar justificou a visita alegando ter sido chamado pessoalmente por Bolsonaro e pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. “Não sou visita, sou o presidente do partido dele”, declarou. O encontro durou cerca de uma hora.
Assessoria fala em mal-entendido
Logo após a repercussão da visita, a assessoria de Valdemar informou que houve um mal-entendido, e que o próprio presidente do PL solicitou a presença do dirigente. A visita reacendeu discussões sobre o cumprimento das orientações médicas e a autonomia do hospital na gestão da internação do ex-presidente.
Proximidade retomada após decisão do STF
A reunião entre Valdemar e Bolsonaro marca um reencontro formal após meses de restrição judicial. Em fevereiro de 2024, uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), impôs a proibição de contato entre ambos, como parte das investigações da Polícia Federal sobre uma suposta tentativa de golpe. A liberação para retomada da comunicação entre os dois só veio no último mês, também por decisão do STF.
Situação clínica de Bolsonaro na UTI
Internado há dez dias, Bolsonaro se recupera de uma cirurgia para tratar uma suboclusão intestinal, complicação decorrente do atentado sofrido durante a campanha eleitoral de 2018. A operação foi a sexta desde o episódio da facada.
No último sábado, Bolsonaro apresentou um episódio de pressão arterial alterada, mas o quadro foi estabilizado no domingo. Ele vem realizando fisioterapia e exercícios leves de caminhada. Em declaração recente, afirmou que deverá permanecer internado por pelo menos mais uma semana.
Motivos da internação e histórico cirúrgico
A internação no Hospital DF Star se deu após o agravamento de dores abdominais relacionadas a uma obstrução parcial do intestino. A decisão de se manter em Brasília foi motivada pela proximidade com a família e pela complexidade da recuperação pós-cirúrgica.