Com a escalada da guerra tarifária promovida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, empresários e grandes corporações de diversos setores têm intensificado a pressão por isenções nas novas tarifas de importação. Grupos de lobby ligados ao varejo, construção civil, indústria e tecnologia se reuniram nos últimos dias com o presidente e seus assessores para tentar evitar aumentos nos preços ao consumidor e frear o impacto sobre a produção.
Reuniões com gigantes do varejo: Walmart e Target na linha de frente
Executivos de grandes redes como Home Depot, Target e Walmart estiveram na Casa Branca na segunda-feira (21) para pedir maior flexibilidade. “Tivemos uma reunião produtiva com o presidente Trump”, disse a Target. O Walmart também confirmou a conversa, mas alertou que os custos podem subir para milhões de consumidores americanos.
As empresas alegam que, apesar da intenção de relocalizar a produção, muitas cadeias globais de suprimentos não podem ser reestruturadas de forma imediata.
Indústria alerta: tarifas podem sufocar produção e investimentos
Setores industriais também expressaram preocupação. “Precisamos de isenção para peças e componentes críticos que não conseguimos produzir em escala aqui”, disse Charles Crain, da Associação Nacional dos Fabricantes. Segundo Kip Eideberg, da Associação de Fabricantes de Equipamentos, as tarifas ameaçam encarecer insumos e prejudicar a competitividade.
Casa Branca sinaliza abertura para negociar exceções
Embora Trump mantenha o discurso de “America First”, sua equipe começou a solicitar listas de produtos cuja produção doméstica seja inviável no curto prazo. Fontes do governo afirmam que o presidente estuda acordos bilaterais com cerca de 90 países, oferecendo uma suspensão temporária das tarifas — como foi feito com Índia, Japão, UE, entre outros.
O vice-presidente JD Vance viajou à Índia para negociar um desses acordos, evitando que o país seja alvo de tarifa “recíproca” de 26%.
Contradições e incerteza preocupam setor privado
Mesmo com sinais de diálogo, Trump impôs tarifas a semicondutores e máquinas industriais, afetando até mesmo empresas como Apple e Nvidia. Apesar de declarar que “não quer prejudicar ninguém”, a Casa Branca ainda não apresentou um plano claro de isenções amplas.
Em paralelo, o Federal Reserve de Nova York alertou que a atividade manufatureira está em retração e que empresas temem agravar esse cenário com a manutenção das tarifas.
“Fabriquem na América”: a mensagem de Trump ao mundo
Nas redes sociais, Trump continua reforçando sua postura. “A solução é simples: fabriquem na América”, escreveu na Truth Social. “Mas para aqueles que querem o caminho mais fácil: venham para a América e construam aqui.”
Apesar do discurso otimista, o ambiente de incerteza e aumento nos custos de produção pode frear investimentos e retardar a criação de empregos prometida pelo governo.
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Pressionado por grandes empresas, Trump avalia isenções nas tarifas de importação. Varejo e indústria alertam para aumentos de preços e retração de investimentos. Entenda o cenário.
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