Brasil, 1 de julho de 2025
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šŸ“‰ Ibovespa despenca 3% em meio Ć  intensificação da guerra comercial global

Tensões entre EUA e China derrubam bolsas, elevam o dólar e pressionam ações de commodities no Brasil

Nesta sexta-feira, 4 de abril de 2025, o Ibovespa — principal Ć­ndice da bolsa brasileira — registrou uma queda expressiva de 3,11%, encerrando o dia aos 127.056,09 pontos. A forte retração reflete o aumento da aversĆ£o ao risco por parte dos investidores, diante da escalada na guerra comercial entre Estados Unidos e China.

As tensƵes geopolĆ­ticas aumentaram após o anĆŗncio de tarifas retaliatórias de 34% por parte do governo chinĆŖs sobre produtos norte-americanos, como resposta Ć s medidas protecionistas adotadas recentemente pelo ex-presidente Donald Trump. O impasse entre as duas maiores economias do mundo gerou reaƧƵes imediatas nos mercados financeiros globais — e o Brasil nĆ£o ficou imune.

Ações da Petrobras e da Vale lideram quedas após recuo nos preços do petróleo

Entre os papĆ©is mais impactados do dia, destacam-se as aƧƵes da Petrobras (PETR4), que caĆ­ram 5,72%, pressionadas pela queda de 8% nos preƧos internacionais do petróleo — agora nos nĆ­veis mais baixos desde 2021. A Vale (VALE3) tambĆ©m sofreu retração de 4,87%, refletindo o temor de desaquecimento da demanda chinesa por minĆ©rio de ferro.

O movimento de fuga de ativos de risco também provocou forte valorização do dólar. A moeda norte-americana avançou 3,24% e foi cotada a R$ 5,812 na venda, aumentando a pressão sobre a inflação e o custo de importações no país.

CenƔrio global conturbado afeta diretamente o mercado brasileiro

O endurecimento do conflito comercial entre Washington e Pequim criou um ambiente de incerteza global. As novas tarifas impostas pela China afetam rotas comerciais estratĆ©gicas e elevam os temores de um desaquecimento no comĆ©rcio internacional. O presidente Donald Trump reagiu ao movimento chinĆŖs dizendo que Pequim ā€œjogou erradoā€ e que as medidas refletem ā€œpĆ¢nicoā€ diante do fortalecimento das polĆ­ticas econĆ“micas americanas.

A reação em cadeia afetou bolsas em diversos países emergentes e, no Brasil, o impacto foi amplificado pelo peso relevante dos setores de energia e mineração no Ibovespa.

Analistas projetam volatilidade prolongada

Especialistas apontam que a tendência de instabilidade deve continuar enquanto não houver uma sinalização de trégua entre EUA e China. Para eles, o Brasil, como economia aberta e exportadora de commodities, é particularmente sensível a esse tipo de tensão global.

Os setores mais impactados devem continuar oscilando nas próximas semanas, exigindo cautela por parte dos investidores e atenção redobrada às movimentações internacionais.

Governo brasileiro pode ser forƧado a agir

Com o dólar em forte alta e a bolsa em queda, cresce a expectativa de que o governo federal adote medidas para conter os efeitos da crise externa sobre a economia doméstica. A equipe econÓmica jÔ monitora o impacto da valorização cambial sobre os preços internos e não descarta ações pontuais para proteger o consumo e preservar os investimentos produtivos.

Outros possíveis novos anúncios de tarifas ou sanções podem agravar ainda mais o cenÔrio.

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