Brasil, 2 de abril de 2025
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Piauí é o segundo maior produtor de castanha de caju do Brasil e se destaca no mercado internacional

Foto: Divulgação

O Piauí se consolida como o segundo maior produtor de castanha de caju do Brasil, impulsionado pela agricultura familiar e por políticas públicas de assistência técnica que promovem o fortalecimento de cooperativas e a ampliação do mercado externo. Com apoio da Secretaria da Assistência Técnica e Defesa Agropecuária (Sada), o estado vem ganhando notoriedade na exportação do produto, especialmente por meio da certificação Fairtrade, que garante comércio justo e sustentável.

castanha de caju do Brasil
Foto: Felipe Soares – Governo do Piauí

Agricultura familiar como base da produção da castanha de caju do Brasil

A castanha de caju é hoje um dos produtos mais valiosos da agricultura familiar piauiense, gerando emprego e renda para milhares de pequenos agricultores em diferentes regiões do estado. A atuação dos extensionistas da Sada tem sido fundamental para elevar a qualidade do produto e atender às exigências do mercado internacional.

Em Picos, polo de produção e beneficiamento, o extensionista Domero Sousa explica como a organização dos produtores foi essencial para agregar valor à produção:

— Houve a necessidade dos produtores se organizarem para garantir preços mais justos. A Sada, junto com as cooperativas, promoveu palestras e incentivou a estruturação do setor. Hoje, com a cooperativa beneficiando tanto a castanha quanto o caju, conseguimos melhorar os preços e atrair mais agricultores para essa atividade — afirmou.

castanha de caju do Brasil
Castanha de caju do Brasil. Foto: Governo do Piauí

Cooperativas ampliam renda e qualidade da castanha de caju do Brasil

Um dos principais destaques é a Central de Cooperativas dos Cajucultores do Estado do Piauí (Cocajupi), que vem se consolidando como referência nacional na cadeia do caju. A cooperativa investe na industrialização da castanha, reduzindo a dependência de atravessadores e ampliando a margem de lucro para os produtores.

Segundo Jocibel Bezerra, presidente da Cocajupi, a certificação internacional Fairtrade tem sido um diferencial para acesso a mercados mais exigentes e melhor remuneração:

— Trabalhamos com aproximadamente 32 toneladas de castanha no último ano, sendo quase 80% destinadas ao mercado internacional. Hoje, somos a única cooperativa com certificação Fairtrade no Brasil. Seria importante que mais cooperativas buscassem essa certificação para fortalecer ainda mais o setor — explicou.

O Fairtrade é um sistema global de certificação que promove práticas justas de comércio, sustentabilidade ambiental e melhores condições para agricultores e trabalhadores rurais.

Impacto socioeconômico no estado

Além do protagonismo na exportação da castanha, a cajucultura tem impacto direto na economia das comunidades rurais. O Piauí apresenta clima e solo ideais para o cultivo do caju, e programas de incentivo têm gerado oportunidades para que os produtores invistam em tecnologia e beneficiamento.

O secretário da Sada, Fábio Abreu, reforça o papel do estado na consolidação da cadeia produtiva:

— A castanha de caju tem um grande impacto na economia do Piauí, principalmente para os pequenos produtores. Nosso papel na Sada é garantir que essa cadeia continue crescendo, levando conhecimento técnico, incentivando a organização dos agricultores e abrindo novos mercados — destacou.

Com políticas públicas direcionadas, certificação internacional e engajamento das cooperativas, o Piauí se posiciona como modelo de desenvolvimento rural sustentável, com potencial para se tornar o maior produtor nacional nos próximos anos.

Certificação Fairtrade para a castanha de caju do Brasil

A certificação Fairtrade representa mais do que um selo; é uma ferramenta poderosa de transformação social e econômica para comunidades rurais. Ao garantir preços mínimos estáveis, prêmios sociais para investimentos coletivos e condições de trabalho dignas, o sistema empodera pequenos produtores e promove relações comerciais mais equilibradas. No caso do Piauí, onde a agricultura familiar desempenha papel central na economia local, a adesão ao Fairtrade fortalece não apenas a rentabilidade dos produtos, como também projeta o estado no cenário internacional como fornecedor de alimentos sustentáveis e socialmente responsáveis.

Com a Cocajupi sendo uma cooperativa brasileira certificada, o desafio agora é ampliar esse modelo para outras organizações da cajucultura e de outras cadeias produtivas. A ampliação da certificação pode abrir novas portas para exportações e fortalecer a imagem do Brasil no comércio justo global. O apoio técnico da Sada, aliado à mobilização de cooperativas e associações, será fundamental para garantir que mais agricultores piauienses tenham acesso às vantagens do Fairtrade, promovendo um ciclo virtuoso de desenvolvimento, inclusão e sustentabilidade com a castanha de caju do Brasil.

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Foto: Governo do Piauí

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