Brasil, 2 de abril de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Lista suja do trabalho escravo pode tornar candidatos inelegíveis, propõe projeto em 2025

A proposta visa ampliar a Lei da Ficha Limpa, tornando inelegíveis aqueles que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à escravidão, mesmo antes de uma condenação definitiva. Foto: Divulgação

Empregadores incluídos na “lista suja do trabalho escravo” poderão ficar inelegíveis para cargos públicos caso o Projeto de Lei Complementar (PLP) 46/2025, apresentado pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO), seja aprovado. A proposta visa ampliar a Lei da Ficha Limpa, tornando inelegíveis aqueles que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à escravidão, mesmo antes de uma condenação definitiva.

Lista suja do trabalho escravo
O setor da moda é um dos mais afetados por essa realidade, com confecções frequentemente flagradas em situações de trabalho degradante. Foto: Divulgação

Lista suja do trabalho escravo pode impedir candidatura

O projeto de Kajuru propõe que a inclusão do nome no Cadastro de Empregadores que utilizam mão de obra escravizada, elaborado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), já seja suficiente para impedir a candidatura a cargos eletivos. Atualmente, a inelegibilidade só ocorre após condenação com trânsito em julgado ou por órgão judicial colegiado.

Proposta amplia Lei da Ficha Limpa

A mudança atinge diretamente a Lei da Inelegibilidade, conhecida por sustentar os princípios da Ficha Limpa. Para o senador, o impedimento deveria valer desde o momento da inserção na lista, pois, até então, empregadores flagrados em condições degradantes seguem aptos a disputar eleições, o que ele considera inaceitável.

Ferramenta de combate ao trabalho escravo

Kajuru destaca que a lista suja é uma ferramenta essencial na responsabilização de infratores e na promoção de práticas laborais éticas. Além de ser usada por instituições financeiras e empresas para filtrar parcerias, a lista já impede os empregadores nela incluídos de participarem de licitações públicas.

Processo rigoroso e garantias legais com “Lista suja do trabalho escravo”

O senador enfatiza que o processo para inclusão no cadastro do MTE é administrativo e garante o direito ao contraditório e à ampla defesa. O objetivo da proposta, segundo ele, é evitar que representantes da sociedade sejam, ao mesmo tempo, violadores de direitos humanos fundamentais.

Número de empregadores na lista preocupa

O cadastro atualizado do Ministério do Trabalho e Emprego conta com 710 empregadores listados por submeterem trabalhadores a condições análogas à escravidão. A proposta de Kajuru poderá transformar esse número em um filtro político para eleições futuras.


PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes