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Brasil, 1 de abril de 2025
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Ministro Haddad: “Conjunto da obra está na direção correta”

Em meio à queda da popularidade de Lula, ministro da Fazenda minimiza impacto político e aposta em reformas estruturais e paciência diante do cenário global.
ministro Haddad destacou que o momento difícil da economia mundial explica parte da insatisfação, e não necessariamente os erros do governo. Foto: Divulgação

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que, apesar da queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo mantém o curso atual por acreditar que está “na direção correta”. Em entrevista concedida em Brasília, ministro Haddad destacou que o momento difícil da economia mundial explica parte da insatisfação, e não necessariamente os erros do governo.

Ministro Haddad
Presidente Lula conversa com Fernando Haddad, ministro da Fazenda. Foto: Divulgação

Queda de aprovação e inflação em alta

Pesquisa da Latam Pulse/AtlasIntel, divulgada em fevereiro, revelou que mais de 50% dos brasileiros desaprovam o governo Lula, resultado influenciado pelo avanço da inflação e a perda de poder de compra. Haddad reconheceu o desconforto da população, mas responsabilizou o cenário internacional pelo impacto nos preços, especialmente o fortalecimento do dólar.

— Parte da inflação é resultado do fortalecimento do dólar. Não controlamos todas as variáveis internacionais — disse o ministro.


Alta da Selic e dólar pressionam economia

O Banco Central elevou a taxa básica de juros (Selic) para 14,25%, maior patamar em nove anos, tentando conter a inflação persistente. Ao mesmo tempo, o real valorizou cerca de 7% frente ao dólar em 2025, após um ano de desvalorização. Mesmo assim, o mercado prevê que a inflação siga acima da meta de 3% até 2026, e estima que a Selic possa atingir 15,5% ainda neste ano.


Medidas econômicas não são resposta à crise de imagem, diz Haddad

O governo anunciou recentemente isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil e um novo programa de crédito consignado para trabalhadores do setor privado. Apesar das críticas de que as ações seriam voltadas a recuperar apoio político, Haddad afirma que fazem parte de reformas estruturais, e não de reações populistas.

— Não tem nada a ver com pesquisa eleitoral, nem com aprovação. A reforma tributária é um pilar para reduzir desigualdades — declarou.


Lula preparado para reeleição em 2026, diz ministro Haddad

Apesar de rumores sobre a saúde de Lula, que passou por cirurgia cerebral em 2024, Haddad afirmou que o presidente está pronto para disputar um novo mandato.

— O ritmo de trabalho dele é comparável ao de uma pessoa 20 ou 30 anos mais jovem — disse o ministro, afastando dúvidas sobre a capacidade do presidente, que completará 81 anos em 2026.


Relação com os EUA e temor com governo Trump

Haddad também comentou a retomada de tarifas norte-americanas sobre aço brasileiro e demonstrou preocupação com a democracia dos EUA diante do novo mandato de Donald Trump. Ainda assim, o ministro acredita que não há espaço para uma guerra comercial com os Estados Unidos.

— A relação entre Brasil e EUA é equilibrada e respeitosa. Não há ganho em criar um problema onde não existe — avaliou.


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