Brasil, 31 de março de 2025
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Inflação do aluguel tem queda de 0,34% em março, aponta FGV

IGP-M tem recuo em março e acumula alta de 8,58% em 12 meses; queda do minério de ferro e passagens aéreas puxam índice para baixo.
O resultado contrasta com a alta de 1,06% registrada em fevereiro e representa a menor variação mensal desde março de 2024. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), conhecido como inflação do aluguel, registrou deflação de 0,34% em março, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (28) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado contrasta com a alta de 1,06% registrada em fevereiro e representa a menor variação mensal desde março de 2024.

Inflação do aluguel
Foto: Envato.

Influencias no resultado da inflação do aluguel

O principal responsável pela retração do índice foi o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que caiu 0,73% no mês. Essa queda foi fortemente influenciada pela desvalorização do minério de ferro, cujo preço recuou 3,64% no cenário internacional, em meio a tensões relacionadas à guerra comercial entre Estados Unidos e seus parceiros comerciais.

De acordo com o economista Matheus Dias, da FGV/Ibre, “o cenário de incertezas e medidas protecionistas adotadas pelos EUA, como o aumento de tarifas de importação, geram preocupações sobre uma possível recessão global, o que pressiona para baixo os preços de commodities como o minério de ferro”.


Inflação para o consumidor desacelera, mas alimentos sobem

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do IGP-M, também desacelerou em março, passando de 0,91% para 0,80%. A queda foi puxada principalmente pela redução nos preços de passagens aéreas (-13,71%) e pela dissipação dos efeitos dos reajustes de mensalidades escolares.

Entretanto, alimentos continuam pressionando o bolso do consumidor. Entre os principais vilões estão o ovo, com alta de 19,16%, e o café em pó, que subiu 8,76%.


Construção também contribui para queda no índice

O terceiro componente do IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), também apresentou desaceleração, variando 0,38% em março — ante 0,51% no mês anterior. A principal razão foi a menor variação no custo com mão de obra, que caiu de 0,59% para 0,35%.


IGP-M acumula alta de 8,58% em 12 meses

Apesar da deflação em março, o IGP-M ainda acumula alta de 8,58% nos últimos 12 meses. Como o índice serve de referência para o reajuste de aluguéis e contratos de serviços essenciais, o percentual acumulado pode impactar financeiramente locatários e consumidores ao longo do ano.

A coleta de dados feita pela FGV abrange sete capitais brasileiras: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador.


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