Os Estados Unidos anunciaram, nesta terça-feira (25), que chegaram a acordos separados com Rússia e Ucrânia para proteger a navegação no Mar Negro e impedir ataques a instalações de energia dos dois países. Rússia e Ucrânia fecham acordo e a medida pode ser um passo importante rumo a um cessar-fogo e futuras negociações de paz.
Os acordos foram fechados com a mediação do presidente dos EUA, Donald Trump, e firmados na Arábia Saudita. Eles buscam diminuir os ataques que têm atingido setores estratégicos, como energia elétrica e petróleo, e proteger rotas comerciais importantes na região.

Confiança nos Estados Unidos
Tanto Ucrânia quanto Rússia aceitaram confiar nos EUA para garantir que o acordo seja respeitado. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky pediu apoio americano com armas e sanções, caso a Rússia desrespeite o acordo. Já o ministro russo Sergei Lavrov disse que só confia se houver ordens diretas de Washington para Kiev seguir os termos.
Trump muda postura sobre a guerra e Rússia e Ucrânia fecham acordo
Trump quer acelerar o fim do conflito e tem adotado uma postura mais amigável com Moscou. No acordo com a Rússia, os EUA prometeram ajudar a retomar as exportações agrícolas e de fertilizantes russos, o que exigiria flexibilização de sanções.
Trégua nos ataques a energia
Ambos os países concordaram em parar os ataques contra instalações de energia, que afetaram milhões de civis. A Rússia vinha bombardeando usinas elétricas ucranianas, enquanto a Ucrânia atacava depósitos de petróleo russos.
Mar Negro e exportações
O acordo também protege a navegação no Mar Negro, vital para as exportações de grãos da Ucrânia. Desde 2023, os portos ucranianos voltaram a funcionar quase normalmente, apesar do fim de um antigo acordo com a ONU.
Preocupações da Ucrânia e Europa
Apesar dos avanços, a Ucrânia e aliados europeus temem que Trump feche um acordo que atenda aos interesses da Rússia, como forçar Kiev a desistir de entrar na OTAN ou abrir mão de territórios ocupados.