Brasil, 31 de março de 2025
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Ficar acordado até tarde está relacionado à depressão, diz estudo

Um novo estudo da Universidade de Surrey explora como ficar acordado até tarde pode aumentar o risco de depressão entre jovens.
Conhecidos como cronótipos noturnos, aqueles que têm o hábito de ficar acordados até tarde podem enfrentar consequências sérias para a saúde mental. Foto: Divulgação

Pesquisadores da Universidade de Surrey, na Inglaterra, realizaram um novo estudo que estabelece uma conexão preocupante entre os hábitos noturnos e o aumento do risco de depressão, especialmente entre jovens adultos. Conhecidos como cronótipos noturnos, aqueles que têm o hábito de ficar acordados até tarde podem enfrentar consequências sérias para a saúde mental, como revela a pesquisa envolvendo 546 estudantes universitários.

A pesquisa e seus participantes

O estudo, conduzido entre abril de 2021 e março de 2023, envolveu a participação de estudantes com idades entre 17 e 28 anos, com uma amostra composta por 31% de homens e 68% de mulheres. Os pesquisadores utilizaram um questionário online para coletar dados sobre diferentes aspectos do ciclo de sono dos participantes. Entre esses aspectos, estavam o pico de energia, transtornos alimentares, níveis de depressão, práticas de atenção plena e o consumo semanal de álcool.

Os resultados surpreendentes

Entre as descobertas mais alarmantes, quase metade dos participantes foi classificada como cronótipos noturnos, e esse grupo apresentou sintomas depressivos significativamente mais altos. Além disso, notou-se um aumento nos níveis de transtornos alimentares e no consumo de álcool entre os jovens que costumam ficar acordados até tarde.

“Nossa pesquisa revelou que a relação pode ser explicada pelo fato de pessoas noturnas relatarem níveis mais baixos de atenção plena no dia a dia, assim como uma qualidade de sono geralmente inferior e maior consumo de álcool”, disse Simon Evans, psicólogo e autor do estudo, em entrevista à Newsweek.

Fatores que contribuem para a depressão

Os cronótipos noturnos também apresentaram uma qualidade de sono significativamente pior, o que pode ser atribuído ao fenômeno conhecido como “jet lag social”, além do acúmulo de débito de sono, que faz com que essas pessoas sintam que não dormiram o suficiente. De acordo com o estudo, aqueles que se identificam como matutinos tendem a ser mais conscientes em suas atividades diárias, o que se deve à sua tendência a dormir melhor e a ter menos fadiga ou desatenção.

“A depressão é um problema de saúde sério que afeta muitas pessoas em todo o mundo, impactando a vida cotidiana, trabalho e educação, e aumentando o risco de desenvolver outras condições de saúde graves, como doenças cardíacas e derrames”, afirmou Evans.

Estratégias para combater a depressão

Simon Evans enfatiza a importância de desenvolver estratégias que promovam uma maior atenção plena, como meditação guiada e exercícios de atenção plena, além de melhorar a qualidade do sono e reduzir o consumo de álcool. Adaptar horários de estudo para permitir um despertar mais tardio poderia ser uma solução eficaz para mitigar os problemas relacionados à depressão. Isso permitiria que os alunos dormissem mais e, como resultado, melhorassem sua saúde mental.

A importância do sono

Os achados deste estudo ressaltam o papel fundamental que o sono desempenha na saúde mental dos indivíduos, especialmente entre jovens adultos. Compreender que ficar acordado até tarde está ligado ao aumento do risco de depressão é um passo importante para a promoção de hábitos de sono saudáveis e a conscientização sobre a saúde mental. Portanto, é essencial que tanto os jovens quanto os educadores considerem essas informações ao estabelecer rotinas e horários de estudo.

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Foto: Divulgação

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