A ex-presidente Dilma Rousseff continuará à frente do Banco do Brics. A recondução da brasileira ao cargo, indicada em 2023 para um mandato que se encerraria em julho deste ano, foi confirmada pela ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. A confirmação ocorre em um contexto em que o banco tem se tornado um ator fundamental no desenvolvimento econômico dos países que compõem o bloco.

Reconhecimento e suporte do governo brasileiro
Gleisi Hoffmann parabenizou Dilma Rousseff por meio de suas redes sociais: “Parabéns, presidenta Dilma Rousseff, pela recondução à presidência do Novo Banco de Desenvolvimento. Sob sua direção, o Banco dos Brics vem cumprindo importante papel no desenvolvimento de nossos países”. Este reconhecimento é crucial, uma vez que o banco desempenha um papel significativo no apoio a projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável entre seus membros fundadores, que incluem Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
A importância do Banco do Brics
O Novo Banco de Desenvolvimento foi criado com o objetivo de financiar projetos de desenvolvimento sustentável em países emergentes. Desde sua criação, o NDB se destacou por oferecer uma alternativa às instituições financeiras tradicionais, como o Banco Mundial, proporcionando créditos com condições mais favoráveis aos países em desenvolvimento. O banco tem se mostrado uma plataforma valiosa para promover o comércio e a cooperação entre nações que, de outra forma, poderiam enfrentar dificuldades em obter financiamento.
A indicação de Dilma para continuar à frente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB – sigla em inglês) pelos próximos cinco anos já havia sido acenada no final do ano passado pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin. Esta designação é parte de um rodízio estabelecido entre os países-membros fundadores do Brics, onde cada país tem a chance de indicar o presidente do banco a cada cinco anos. Tradicionalmente, a próxima indicação ficaria a cargo da Rússia.
Um panorama atual no bloco Brics
Durante o encerramento da 16ª Cúpula dos Brics, realizada em Kazan, na Rússia, Putin manifestou apoio à recondução de Dilma ao cargo, mencionando que essa decisão poderia ser uma estratégia para evitar “transferir todos os problemas associados à Rússia” à gestão do banco, tendo em vista os impactos da guerra com a Ucrânia. A intenção do presidente russo é clara: manter o bloco unido diante de desafios internacionais e fortalecer laços entre os países que compõem a aliança.
Dilma Rousseff assumiu a presidência do NDB em março de 2023, substituindo Marcos Troyjo, que foi indicado pelo governo de Jair Bolsonaro. Essa mudança ocorreu logo após Lula assumir a Presidência do Brasil, marcando uma nova fase nas relações internacionais do país.
Desafios do Novo Banco de Desenvolvimento
Com a recondução de Dilma, espera-se que o NDB continue a expandir sua atuação, principalmente em projetos que visam promover a sustentabilidade e a inclusão social nos países-membros. A presidenta já deixou sua marca na instituição e muitos analistas acreditam que sua experiência como no poder executivo brasileiro será valiosa para enfrentar os desafios que os países em desenvolvimento ainda enfrentam, principalmente no contexto de recuperação econômica pós-pandemia.
O cenário internacional, repleto de tensões e crises, impõe uma série de desafios para o NDB e suas operações. O banco deve se adaptar constantemente para atender às demandas crescentes por investimentos em infraestrutura, saúde e tecnologia em seus países membros. A liderança de Dilma será crucial para navegar esses tempos desafiadores e garantir que o banco continue avançando em sua missão de promover o desenvolvimento sustentável.
A recondução de Dilma Rousseff ao Novo Banco de Desenvolvimento representa não apenas uma continuidade de sua liderança, mas também um sinal de confiança do governo brasileiro nas políticas e na visão que ela traz para o futuro do banco e de seus membros. A expectativa é que, sob sua direção, o NDB continue a crescer e a se destacar como uma força motriz no desenvolvimento econômico global.
Com a responsabilidade de liderar uma instituição tão vital, Dilma agora tem a oportunidade de moldar o futuro do desenvolvimento sustentável entre as nações que compõem o bloco Brics, solidificando ainda mais o papel do Brasil no cenário internacional.