Brasil, 31 de março de 2025
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📉 Alckmin propõe tirar preços de alimentos e energia do cálculo da inflação

O vice-presidente Geraldo Alckmin propõe estudo sobre a exclusão de alimentos e energia do cálculo da inflação no Brasil.
Para o vice-presidente brasileiro, essa abordagem é “inteligente” e poderia ser avaliada diretamente pelo Banco Central do Brasil. Foto: Júlio César Silva/MDIC

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, trouxe à tona um tema controverso nesta segunda-feira, 24: a retirada dos preços de alimentos e de energia do cálculo da inflação no Brasil. A proposta, defendida por Alckmin durante um evento promovido pelo jornal Valor Econômico, promete gerar discussão e debate entre economistas e autoridades financeiras, principalmente em um contexto de inflação que afeta diretamente o bolso dos brasileiros.

Medida proposta e comparação internacional

Durante seu discurso, Alckmin mencionou a prática adotada pelo Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, que exclui alimentos e energia do seu cálculo da inflação. Para o vice-presidente brasileiro, essa abordagem é “inteligente” e poderia ser avaliada diretamente pelo Banco Central do Brasil. A ideia é que ao descartar esses itens voláteis da conta geral, a inflação verificada se tornaria uma medição mais estável e representativa da economia nacional.

A ideia de retirar esses itens do cálculo da inflação não é nova, mas encontrou eco em um momento em que os preços dos alimentos e da energia variam significativamente, devido a fatores como crises climáticas, políticas internacionais e flutuações do mercado. Para Alckmin, a intenção é que essa medida ajude o planejamento econômico e a tomada de decisões tanto do governo quanto dos agentes econômicos.

Cálculo da inflação
Foto: Cadu Gomes/VPR

Previsão de queda nos preços dos alimentos

Além da proposta de mudança na forma de cálculo da inflação, Alckmin também fez previsões otimistas sobre os preços dos alimentos para o ano de 2023. Segundo ele, a agricultura deveria contribuir de forma significativa para a elevação do PIB nacional, oferecendo um “empurrão” necessário à economia brasileira. Essa avaliação sugere que as condições climáticas e o aumento da produção agrícola podem resultar em uma diminuição dos preços, o que teria um impacto positivo na economia como um todo.

Reações e implicações da proposta

A proposta de Alckmin já começou a suscitar reações diversas entre economistas e analistas do mercado. Alguns defendem que a exclusão de alimentos e energia do cálculo da inflação é uma abordagem interessante para mitigar os impactos da volatilidade desses preços no bem-estar da população. Outros, por outro lado, alertam que essa estratégia pode obscurecer a realidade econômica e falsear os dados que embasam as decisões políticas e financeiras.

Um dos pontos principais dessa discussão envolve a capacidade do Banco Central de conduzir uma política monetária eficaz frente a uma inflação que, historicamente, tem sido um dos maiores desafios do Brasil. Ao retirar itens essenciais do cálculo da inflação, a preocupação é que isso possa levar a uma complacência na regulação de preços e a uma falta de ação em momentos em que medidas de contenção são necessárias.

O debate sobre a proposta de Geraldo Alckmin de retirar alimentos e energia do cálculo da inflação promete aquecer o cenário econômico brasileiro. Com as previsões de queda nos preços dos alimentos e a potencial contribuição do agronegócio para o crescimento do PIB, é essencial que especialistas e autoridades financeiras analisem com cuidado as implicações de tais medidas. A economia é um organismo complexo e a transparência e precisão nas medições são fundamentais para o desenvolvimento sustentável do país. Assim, o Brasil se prepara para mais uma discussão sobre como lidar com os desafios econômicos que afetam diretamente o seu povo.

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