Brasil, 13 de março de 2025
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Ministério do Esporte propõe medidas contra racismo em clubes

Nova lei exigirá ações de combate ao racismo para acesso a recursos públicos.
A proposta surge em resposta ao aumento alarmante de incidentes racistas nos eventos esportivos, especialmente em partidas de futebol. Foto: Reprodução/Rede Furacão

O Ministério do Esporte anunciou que tomará medidas enérgicas para combater o racismo nos esportes brasileiros. Uma nova proposta de alteração na Lei Geral do Esporte está sendo formulada, para tornar obrigatório que clubes, federações e confederações adotem medidas práticas de combate ao racismo. Caso contrário, essas entidades não poderão receber recursos públicos federais.

Medidas e Motivação da Proposta

A proposta surge em resposta ao aumento alarmante de incidentes racistas nos eventos esportivos, especialmente em partidas de futebol. O ministro do Esporte, André Fufuca, destacou que é imprescindível ir além de notas de repúdio, buscando ações efetivas para construir uma sociedade mais justa e democrática.

“Toda vez que um novo caso de racismo acontece, repudiamos com veemência exigindo a apuração dos fatos e punição rigorosa para os racistas. Mas não dá pra ficar apenas produzindo notas de repúdio. É preciso fazer mais”, declarou Fufuca. Ele ressaltou que a mudança foi motivada pela necessidade de fortalecer o compromisso com a diversidade e inclusão no esporte.

Episódios Recentes de Racismo

A situação tornou-se ainda mais evidente após incidentes recentes, como o caso do jovem jogador Luighi, do Palmeiras, que foi alvo de racismo durante a partida da Libertadores Sub-20 no Paraguai. Um torcedor do Cerro Porteño fez gestos ofensivos em sua direção enquanto Luighi jogava. A reação do Palmeiras foi rápida, emitindo uma nota oficial condenando o ato e prometendo medidas para punir os responsáveis.

Reação da Conmebol

A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) também se posicionou diante do acontecimento. Em nota, a entidade afirmou que tomará “medidas disciplinares apropriadas” contra o racismo e que outras ações estão sendo avaliadas junto a especialistas para lidar com a situação de maneira mais abrangente.

“A CONMEBOL rejeita categoricamente todo ato de racismo ou discriminação de qualquer tipo. Medidas disciplinares apropriadas serão implementadas, e outras ações estão sendo avaliadas em consulta com especialistas da área”, afirmou a entidade.

Próximos Passos da Proposta

A nova proposta está em fase de elaboração final e será submetida à análise da Casa Civil e da Presidência da República nos próximos dias. Se aprovada, a alteração na Lei Geral do Esporte também afetará as entidades que buscam obter certificações para acessar recursos públicos destinados a investimentos em projetos esportivos.

Após o aval do Palácio do Planalto, a proposta passará pela análise do Congresso Nacional, onde se espera um debate significativo sobre as implicações e a implementação das novas medidas. O governo demonstra um compromisso crescente em abordar a questão do racismo de forma rigorosa, buscando não apenas a punição, mas também a prevenção de futuras ocorrências.

Importância da Inclusão no Esporte

O esporte deve ser um espaço inclusivo, onde todos possam se sentir representados e respeitados. A proposta do Ministério do Esporte é um passo significativo para garantir que ações concretas sejam tomadas em prol do combate ao racismo. A expectativa é que, ao condicionar o acesso a recursos públicos a essas medidas, clubes e federações se tornem mais conscientes e proativos em suas abordagens contra a discriminação.

As mudanças necessárias estão sendo debatidas e, se implementadas, podem servir como um modelo para o setor esportivo em outras partes do mundo. O compromisso de erradicar o racismo nos esportes é uma tarefa coletiva, que requer esforço conjunto entre governo, entidades esportivas e a sociedade como um todo.

Enquanto isso, a sociedade aguarda ansiosamente por medidas mais efetivas e concretas na luta contra qualquer forma de discriminação. O ministério busca não apenas mudar leis, mas transformar a cultura que permeia os espaços esportivos no Brasil.

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