Brasil, 12 de março de 2025
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Humberto Costa assume presidência interina do PT

O senador Humberto Costa foi escolhido para comandar o PT interinamente após Gleisi Hoffmann assumir um ministério. A eleição para definir o novo presidente do partido será em julho, e o nome preferido de Lula é Edinho Silva, que enfrenta resistência interna.
Humberto Costa no Senado. Foto: Pedro França/Agência Senado

O senador Humberto Costa (PT-PE) assume presidência interina do PT, foi escolhido para substituir Gleisi Hoffmann na presidência do Partido dos Trabalhadores (PT) após a nomeação dela como ministra da Secretaria de Relações Institucionais. A decisão foi oficializada em uma reunião na sede do partido, em Brasília, nesta sexta-feira (7). Costa assumirá o comando da legenda em um mandato-tampão até 6 de julho, quando será realizada a eleição para definir o novo presidente do partido. No entanto, sua permanência no cargo ainda precisa ser ratificada pelo diretório nacional da sigla.

Apesar de afirmar que seu objetivo é atuar de forma interina, Humberto Costa não descartou a possibilidade de concorrer ao cargo de forma definitiva. Dentro do PT, há integrantes que acreditam que ele pode se viabilizar como candidato até a eleição interna. “Minha interinidade será até a eleição direta. Fui indicado de forma unânime dentro da CNB. Meu papel agora é conduzir esse processo de transição, mas não descarto totalmente uma candidatura no futuro”, disse Costa após o encontro.

Eleições no PT e os planos de Lula

A eleição interna do PT está marcada para julho, e o ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, é o nome preferido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir a presidência do partido. No entanto, a candidatura de Edinho encontra resistência dentro da sigla. Para alguns setores do PT, sua escolha dependeria de uma intervenção direta de Lula, já que há críticas sobre sua gestão eleitoral, principalmente após não conseguir eleger sua sucessora na prefeitura de Araraquara.

Mesmo assim, Edinho tem percorrido o país para consolidar sua candidatura e defende uma estratégia política diferente da adotada por Gleisi Hoffmann. Enquanto a ex-presidente do partido defende o embate direto com Jair Bolsonaro (PL), Edinho prega que o PT busque um discurso menos polarizado. Essa diferença de visões tem gerado debates internos sobre os rumos da legenda nos próximos anos.

Disputa interna e cenário político

A escolha de Humberto Costa para a presidência interina teve o apoio da corrente CNB (Construindo um Novo Brasil), maior força interna do PT, e também da segunda maior, o Movimento PT, garantindo maioria para a decisão. A substituição foi necessária porque, ao assumir um cargo no governo federal, Gleisi Hoffmann ficou impedida de continuar no comando do partido, conforme normas da Comissão de Ética da Presidência e do estatuto do PT.

A definição sobre quem será o novo presidente da sigla em julho será crucial para o futuro do partido, especialmente com a proximidade das eleições municipais de 2024 e a construção de alianças para 2026. A disputa interna entre alas que defendem uma postura mais combativa e aqueles que preferem um tom mais moderado poderá influenciar os rumos do PT nos próximos anos.


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