Brasil, 7 de junho de 2025
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Fernanda Torres e Fernanda Montenegro recebem Diploma Bertha Lutz

Fernanda Montenegro e Fernanda Torres foram homenageadas com o Diploma Bertha Lutz por suas contribuições à cultura e à defesa dos direitos das mulheres.

Em cerimônia marcada para o dia 26 de março, as atrizes Fernanda Torres e Fernanda Montenegro serão agraciadas com o Diploma Bertha Lutz, uma honraria que destaca as contribuições de mulheres que se destacaram na defesa dos direitos das mulheres no Brasil. Esta celebração ocorre em reconhecimento à importância de suas trajetórias artísticas e ao impacto social que suas obras têm gerado.

Reconhecimento por um trabalho notável

O Diploma Bertha Lutz, nomeado em homenagem à ativista e uma das pioneiras do movimento feminista brasileiro, é concedido a personalidades que têm promovido a igualdade de gênero e os direitos humanos no país. As atrizes foram indicadas pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e pela senadora Eliziane Gama, do PSD-MA. A cerimônia de entrega do diploma não apenas homenageará as atrizes, mas também refletirá sobre as conquistas e desafios ainda enfrentados no Brasil.

A contribuição de “Ainda Estou Aqui”

Ambas as atrizes estão em destaque atualmente pelo seu trabalho no filme “Ainda Estou Aqui”, uma produção que conquistou atenção internacional ao levar para o Brasil o primeiro Oscar de Melhor Filme Internacional. No longa-metragem elas interpretam a dupla Eunice Paiva, esposa do ex-deputado Rubens Paiva, uma figura que foi assassinada durante a repressão da ditadura militar brasileira em janeiro de 1971. Esta representação não só destaca sua habilidade artística, mas também faz ecoar a luta por justiça e memória histórica em um período sombrio do Brasil.

“Ainda Estou Aqui”Oscar 2025 de Melhor Filme Internacional

O filme “Ainda Estou Aqui” foi indicado a três categorias do Oscar, incluindo Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz, com a participação de Fernanda Torres. Embora ela não tenha levado o prêmio de Melhor Atriz, o filme consagrou-se como uma vitória significativa para a cinematografia brasileira, arrecadando um total de 39 prêmios desde o início de seu circuito de festivais. Além do Oscar 2025, a produção se destacou no Festival de Veneza, onde ganhou o prêmio de Melhor Roteiro, e foi reconhecida pelo Globo de Ouro, onde Fernanda Torres foi distinguida como Melhor Atriz em Drama.

Diploma Bertha Lutz – homenagem às vozes femininas

A honraria do Senado também homenageará outras 17 mulheres que têm contribuído significativamente para a defesa dos direitos das mulheres em diversas áreas, abrangendo desde a política até a cultura e a ciência. Entre as agraciadas estão Ani Heinrich Sanders, produtora rural do Piauí, Conceição Evaristo, renomada escritora, e Jaqueline Gomes de Jesus, que foi a primeira gestora do sistema de cotas para negros na Universidade de Brasília.

A lista inclui mulheres de várias partes do Brasil, mostrando a diversidade e a força do movimento feminino. O reconhecimento se estende a personalidades como Cristiane Rodrigues Britto, que foi ex-Ministra da Mulher, e Lúcia Willadino Braga, neurocientista e Presidente da Rede Sarah, evidenciando a ampla gama de contribuições que as mulheres têm feito no Brasil.

Bertha Lutz na conferência de fundação da ONU, em 1945. Foto: Arquivo ONU / Senado Federal

Bertha Lutz: um legado de luta

Bertha Lutz, que dá nome ao diploma, foi uma das responsáveis por importantes avanços nas políticas de direitos das mulheres no Brasil no início do século 20, incluindo a conquista do direito de voto. Sua trajetória simboliza a luta incansável por igualdade e seus esforços continuam a inspirar novas gerações a combater a desigualdade de gênero.

Com a entrega do Diploma Bertha Lutz, o Senado não apenas homenageia a atuação de Torres e Montenegro, mas também reafirma o compromisso do país em continuar promovendo e protegendo os direitos das mulheres. Esta cerimônia será um momento simbólico intenso, unindo arte, ativismo e um chamado à ação por justiça social e equidade. O reconhecimento a essas mulheres reflete um novo capítulo na luta por direitos iguais.

Em 1955, eleitora vota para presidente da República, no Rio. Foto: Agência Senado / Arquivo Público
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