Brasil, 12 de março de 2025
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Dólar sobe e Ibovespa recua após tarifas de Trump

Após novas tarifas impostas por Trump, dólar e Ibovespa enfrentam oscilações, com mercados globais operando com otimismo.
Mercado financeiro. Foto: Ilustração / Diário do Povo

Na última sexta-feira, a moeda norte-americana teve um salto de 1,50%, alcançando a cotação de R$ 5,9162. Em contrapartida, o principal índice da bolsa de valores brasileira, o Ibovespa, registrou uma queda de 1,60%, fechando em 122.799 pontos. Dólar sobe e Ibovespa recua após tarifas de Trump e os investidores estão atentos às movimentações que ocorrem no cenário internacional, especialmente no que tange às novas tarifas estabelecidas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Movimentações na B3

As negociações na B3, a bolsa brasileira, iniciarão apenas às 13h nesta quarta-feira (5), devido ao feriado de Quarta-Feira de Cinzas. Durante esse período, tanto as cotações do dólar quanto do Ibovespa estão paralisadas. Enquanto isso, os mercados internacionais estão ativos e o principal foco é a repercussão das tarifas elevadas impostas por Trump.

Nesta terça-feira (4), as tarifas de 25% sobre importações do Canadá e do México passaram a valer, assim como uma taxa adicional de 10% sobre produtos da China. O impacto imediato foi um aumento de tensões comerciais, levando a uma reação negativa nos mercados globais.

O ‘tarifaço’ de Trump e suas implicações

As tarifas impostas por Trump foram uma resposta à entrada de drogas nos Estados Unidos vindas dos países afetados. Em coletiva de imprensa, Trump destacou que as tarifas seriam retiradas se o Canadá e o México não apresentassem soluções efetivas para reduzir a imigração ilegal.

Em meio a esse cenário, o Secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, anunciou que medidas de alívio nas tarifas poderiam ser implementadas em setores específicos, o que levou a uma leve melhora nos mercados internacionais, trazendo otimismo para os investidores.

Impactos nas cotações – Dólar sobe e Ibovespa recua

Os dados mais recentes revelam que, na última sexta-feira (28), o dólar havia acumulado uma alta de 3,24% na semana e de 1,35% no mês, mas apresenta uma queda geral de 4,26% desde o início do ano. O Ibovespa, por sua vez, acumulou uma queda de 3,41% na semana e uma perda de 2,64% no mês.

Reações globais às tarifas

A resposta de outros países às tarifas de Trump não tardou a chegar. O Canadá foi o primeiro a agir, anunciando tarifas de 25% sobre produtos dos EUA, enquanto a China implementou novas taxas de 10% a 15% sobre diversos produtos agrícolas americanos. Pequim também formalizou restrições a empresas norte-americanas, citando questões de segurança nacional.

As tarifas impostas por Trump foram uma resposta ao tráfico de drogas e à imigração ilegal provenientes dos países afetados. Em coletiva de imprensa, Trump destacou que as tarifas seriam retiradas se Canadá e México apresentassem soluções efetivas para reduzir esses problemas. ​

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, também criticou as medidas de Trump e prometeu uma retaliação, argumentando que seu país tem colaborado com a segurança e questões de imigração dos Estados Unidos. Ela enfatizou que tais tarifas não fazem sentido e que afetarão negativamente as relações entre os dois países.

Futuro dos mercados

O cenário econômico atual é de incerteza, mas a expectativa de um tom menos agressivo nas comunicações do governo americano pode aliviar a pressão nos mercados. Se os EUA realmente sinalizarem flexibilidade nas tarifas, o efeito preocupante sobre a inflação pode ser mitigado, o que influenciaria positivamente tanto o dólar quanto o Ibovespa.

A inflação americana remanescente das tarifas pode levar o Federal Reserve (Fed) a elevar suas taxas de juros, aumentando assim os rendimentos dos títulos públicos nos EUA. Isso pode causar uma migração de investidores de ativos de risco para investimentos mais seguros, o que também impactaria a cotação do dólar.

O futuro dos mercados ainda é incerto, mas o acompanhamento atento das ações do governo dos Estados Unidos e suas consequências será crucial para entender a direção que as cotações poderão tomar nas próximas semanas.

*Com informações da agência de notícias Reuters

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