Brasil, 16 de abril de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Taxa de desemprego no Brasil sobe para 6,5%, revela IBGE

A taxa de desemprego no Brasil foi de 6,5% no trimestre encerrado em janeiro, segundo o IBGE.
Programa permite consultar ofertas de empréstimo com desconto em folha e taxas competitivas. Foto: Divulgação

A taxa de desemprego no Brasil sobe alcançando 6,5% no trimestre encerrado em janeiro de 2025. Este dado, divulgado nesta quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que, ao todo, 7,2 milhões de pessoas estão sem emprego no país, marcando um crescimento de 5,3% em relação ao trimestre anterior. Contudo, em uma comparação anual, verifica-se uma queda de 13,1% no número de desocupados em relação ao ano anterior, quando o total atingia 8,3 milhões.

Análise da taxa de desemprego

De acordo com William Araujo Kratochwill, analista de pesquisa do IBGE, o aumento da taxa de desemprego no início do ano não demonstra uma tendência de alta na desocupação, mas está mais relacionado às demissões que ocorrem tradicionalmente nesta época, especialmente entre trabalhadores temporários contratados para atender à demanda no último trimestre do ano.

“Normalmente, no primeiro trimestre do ano, observamos um crescimento das demissões devido ao término dos contratos temporários. Isso é um fenômeno esperado e não necessariamente uma mudança na trajetória de quedas do desemprego”, explica Kratochwill. Além disso, ele nota que houve uma significativa redução nos contratos públicos, especialmente nas áreas de saúde e educação, em virtude da transição nas administrações municipais que ocorrerá a partir de 2025.

População ocupada e informalidade

A população ocupada no Brasil é de 103 milhões de pessoas, apresentando uma leve queda de 0,6% em relação ao trimestre anterior, o que representa menos 641 mil pessoas. Em contrapartida, na comparação anual, houve um acréscimo de 2,4%, com 2,4 milhões de pessoas a mais incorporadas ao mercado de trabalho. A taxa de ocupação, que representa a porcentagem de pessoas em idade de trabalhar empregadas, ficou em 58,2%, indicando uma pequena diminuição de 0,5 pontos percentuais no trimestre, mas um aumento de 0,9 pontos em relação ao mesmo período do ano passado.

O cenário também revela que o número de trabalhadores com carteira assinada se estabilizou em 39,3 milhões, com um aumento de 3,6% (mais 1,4 milhão de pessoas) se comparado ao ano de 2024. Por outro lado, o número de empregados sem carteira assinada era de 13,9 milhões, apresentando uma queda de 553 mil pessoas em relação ao trimestre anterior, mas um crescimento de 3,2% em comparação com o ano anterior, com a inclusão de 436 mil pessoas no mercado informal.

A taxa de informalidade no Brasil, que inclui aqueles que trabalham sem a proteção de um contrato formal, é de 38,3% da população ocupada, totalizando cerca de 39,5 milhões de trabalhadores. Esse número mostrou ligeira queda em relação ao trimestre anterior, quando a taxa era de 38,9%, e no mesmo período de 2024, quando a taxa era de 39%.

Força de trabalho e desalentados

O estudo do IBGE também revela que a força de trabalho, que compreende as pessoas que estão empregadas e as que estão em busca de emprego, totalizou 110,2 milhões de brasileiros. Apesar desse número, 66,8 milhões de pessoas estão fora da força de trabalho, representando um crescimento de 1% no trimestre. Esse contingente inclui pessoas que, embora desempregadas, não estão buscando trabalho por diferentes razões, como falta de oportunidades ou qualificações.

Além disso, a pesquisa aponta que 18,1 milhões de pessoas estão em condição de subutilização, ou seja, trabalhadores que estão desocupados, subocupados ou fora da força de trabalho potencial. A taxa de subutilização ficou em 15,5%, mantendo-se estável no trimestre e apresentando uma redução de 2 pontos percentuais em relação ao ano anterior.

A população desalentada, representando aqueles que desejam trabalhar mas desistiram de procurar emprego, é de 3,2 milhões, marcando um aumento de 4,8% em relação ao trimestre anterior, mas uma diminuição de 10,9% em relação ao ano anterior.

Rendimento médio e massa salarial

Em termos de renda, os trabalhadores ocupados receberam um rendimento médio de R$ 3.343 por mês no trimestre encerrado em janeiro. Este valor representa um aumento de 1,4% em relação ao trimestre anterior e uma elevação de 3,7% em comparação com o ano anterior, alcançando o maior valor registrado na série histórica do IBGE. A massa de rendimentos, que abrange o total recebido por todos os trabalhadores, foi estimada em R$ 339,5 bilhões, mostrando estabilidade no trimestre e um crescimento de 6,2% em relação ao ano anterior, com um incremento de R$ 19,9 bilhões.

Esses dados indicam um panorama misto do mercado de trabalho brasileiro, com uma leve subida na taxa de desemprego, mas também com melhorias no rendimento médio e um aumento na população ocupada ao longo do último ano.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes